segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ATAQUE A CULTURA CAIÇARA: MESTRE CIRANDEIRO DE PARATY-RJ SOFRE ACHAQUE

ATAQUE A CULTURA CAIÇARA:
MESTRE CIRANDEIRO DE PARATY-RJ SOFRE ACHAQUE


Em denúncia feita na mídia social, Facebook.com, na página Cirandeiro Paraty, o cantor popular, caiçara legítimo e antigo, cirandeiro e de miudezas como Caranguejo, Cateretê, Sr. Verino de Barros diz que sofreu expulsão de logradouro público por estar simplesmente divulgando a cultura tradicional de seu povo caiçara e ilhéu.
No filme ( veja o link) ele comenta  no seu modo simples, que um tal de Luciano, da Guarda Municipal o expulsou e que se sentiu até mal de saúde.
Foto da página do Facebook

Trata-se de liderança cultural e um dos últimos representantes dos fazeres e misteres de ponto de improviso, na musicalidade litorânea fluminense.
É um senhor já com idade avançada e que alegra as noites da Praça da Matriz e comunidades paratienses em quermesses e festividades.
É memória viva de pessoas, fatos e acervo musical e coreográfico.

Obs:Texto abaixo se encontra em 

Tradição de pai para filho
A parceria entre Verino de Barros e Benedito Alves de Souza é antiga. Seus pais, Manuel Pedro de Barros e Antonio Alves de Souza já faziam duetos de viola nos bailes do Rio dos Meros, em um tempo em que a dupla de violas era a base musical da ciranda. Antigamente não havia tanta variedade de instrumentos, como conta Seu Dito:
“Naquele tempo era duas violas, no chiba sempre tocava mais duas violas, e depois o cavaquinho. E o adufo, como chamava naquela época.”
Filhos de violeiros, Verino e Dito não herdaram a tradição das dez cordas. Na roça aprenderam a tocar os instrumentos de percussão da ciranda: Dito no adufo e no pandeiro, Verino na timba e na caixa. Mas Seu Verino, depois de migrar para a cidade, acabou se rendendo à vocação familiar para as cordas e especializou-se no bandolim.
Os bailes no Rio dos Meros
Verino e Dito guardam vivas as lembranças de bailes antológicos nas casas dos Marianos, de Benedito Maneco, de Benedito Teófilo e do próprio Manuel Pedro. Eram bailes que varavam a madrugada e terminavam com o sol a pino no dia seguinte. Boas também são as recordações das domingueiras, que Seu Verino explica:

Domingueira é dançar de dia como se fosse à noite. Então as damas iam embora, almoçavam e dormiam, e de tarde voltavam novamente. Ia até umas sete horas da noite. Era aquela alegria, aquela animação.”

Para chegar aos bailes, que sempre iniciavam com o chiba, o caminho era feito a pé, por chão batido e trilhas no mato. A satisfação do baile valia todo o esforço, inclusive o de tocar a noite inteira só pelo café.
UMA CULTURA ALEGRE, RICA E QUE DEVE SER PROTEGIDA E DIVULGADA!



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AGRADEÇO PELA CONTRIBUIÇÃO!
AGORA VOCÊ É UM CAIÇARA!