Há imagens que são "históricas" porque foram historicizadas pelo próprio tempo e seu significado para a cultura local.
1-HISTÓRIA DENTRO DA ESTÓRIA
neste nosso caso, é implícito o valor nelas, pois trata-se de uma leitura da realidade de então, captada por olhares de diversos autores: cientistas alemães, pintores austríacos, botânicos franceses, geógrafos estadunidenses entre outros.
Extração da gnaisse facoidal , de Drebret. |
Grande parte trazidos pelo incentivo financeiro e patrocínio real da comitiva de Dom João VI e depois pela Imperatriz Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena.
Uma mina tipo pedreira. Tão comum para uso dos maciços da Serra do Mar nos caminhos antigos coloniais. |
Tropeiros em um "pouso"(de Charles Mendseer) |
Assim, são janelas historiográficas por si só; verdadeiros vórtices no tempo.
Há oportunidades de estudo no ramo da ecologia, antropologia, arqueologia da paisagem e até moda.
Tela do pintor frances Auguste Biard |
2-ESTUDOS DO IPHAR:
No nosso caso, estamos diante de uma rara imagem de uma mina de extração rochosa(1) muito provavelmente.
Construções habitacionais e até estradas imperiais.
Também retratam os personagens verídicos(2;3,4) da frequência dos caminhos primevos, sertões das gentes "bravias" e tropeiros.
Temos ainda os precários modos de transporte.(5)
Importante ressaltar o papel fundamental da mulher colona; esta , ainda que cuidando de gravidez (muitas vezes de risco) e filhos, também detinha conhecimentos de botânica e herbários,-neste caso, na maior parte num híbrido riquíssimo de farmacopéia primitiva, mas eficaz, de essências extraídas e guardadas, misto de beberagens européias e os chás e alimentos aprendidos com as cunãs Tupis- conheciam de cavalariça e até de armamentos, pois na ausência de algumas horas ou até meses, de seus consortes, elas provinham a casa e se protegiam, pelo menos do primeiro ataque de criminosos, bandoleiros e indígenas, com uso de trabucos montados, arcabuzes e explosivos.
Importante ressaltar o papel fundamental da mulher colona; esta , ainda que cuidando de gravidez (muitas vezes de risco) e filhos, também detinha conhecimentos de botânica e herbários,-neste caso, na maior parte num híbrido riquíssimo de farmacopéia primitiva, mas eficaz, de essências extraídas e guardadas, misto de beberagens européias e os chás e alimentos aprendidos com as cunãs Tupis- conheciam de cavalariça e até de armamentos, pois na ausência de algumas horas ou até meses, de seus consortes, elas provinham a casa e se protegiam, pelo menos do primeiro ataque de criminosos, bandoleiros e indígenas, com uso de trabucos montados, arcabuzes e explosivos.
A odisséia diária de tropeiros e ajudantes á paga ou escravos. |
Tropeiro, com seu itens básicos |
3- TÉCNICAS USADAS PARA RETRATAR.
A mais variadas técnicas foram usadas por estes viajantes:
A- Litografia, molde impresso a partir do original, prensado sobre uma superfície calcária ou metálica.
B- Xilogravura, arte e técnica de fazer gravuras em relevo sobre madeira.
C- Desenho livre a lápis, giz ou carvão com efeito esfumaçado ou não.
D- Pintura, com uso de tela têxtil tradicional ou outra base; tinta a óleo.
E- Fotografia. Primitiva e a partir da segunda metade do século XIX.
4-EPÍLOGO:
Assim, temos esses registros, mesmo que subjetivos em parte internalizados pelos autores e em alguns casos, até produzidos intencionalmente sob influência de ideologias políticas e teorias raciais.
Assim, temos esses registros, mesmo que subjetivos em parte internalizados pelos autores e em alguns casos, até produzidos intencionalmente sob influência de ideologias políticas e teorias raciais.
As mulheres colonas: trajes de época remontados com Agnes , Carlos Eduardo e Maria Célia |
Achados do IPHAR |
Aproveite a viagem!
Carlos Eduardo
Presidente do IPHAR
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AGRADEÇO PELA CONTRIBUIÇÃO!
AGORA VOCÊ É UM CAIÇARA!