quarta-feira, 31 de março de 2021

🖤NOTA DE PESAR: FALECE JOÃO PACIÊNCIA, DE PARATY

18 de março de 2021

O Presidente do IPHAR Carlos Eduardo, vem no nome do nosso grupo e amigos se solidarizar com a comunidade cultural , de pesca e caiçara de Paraty e região com o passamento de João Benedito Remédios, dito João Paciência.

Pescador artesanal, cirandeiro, cantador de Folia do Divino e seresteiro nas madrugadas, que tanto encantou com seu vozeirão suas platéias, pelas ruas e igrejas em festa.

Aqui os adufes, zabumbas, violões e rabecas se calam...


Vai caiçara...encanta agora o universo, se juntando na grande sinfonia!


Carlos Eduardo

Prof. Lic Hs

*Imagens de livre acesso na internet.

🧱🏺ARQUEOLOGIA MARINHA🛡️⚱️ NOTÍCIA: ARQUEÓLOGA AJUDA A IDENTIFICAR FRAGMENTO ARQUEOLÓGICO.


NOTÍCIA:

A nossa parceira e amiga Dorita Maria da Conceição Rodrigues, arqueóloga experiente e inclusive com atuação na nossa região da Costa Verde (artigo "Contribuição da Arqueologia pra a história do litoral sul fluminense:do caminho do ouro ao caminho da Serra"*), nos auxiliou  a na primeira semana de outubro de 2020 a identificar a origem, carimbo de fábrica e época aproximada de um novo fragmento coletado na superfície da praia onde temos uma jazida arqueológica.

Trata-se de uma maravilhosa peça de grés, alemã, mais especificamente da Saxônia, do fabricante Villeroy & Boch, ceramista fundada no século XVIII, em 1748.

Em 14 de abril de 1836, a empresa Jean François Boch fundiu-se com a do concorrente, Nicolas Villeroy, e tornou-se Villeroy & Boch, (V&B, também simplesmente ' VB' ). 

Em 1869, a Villeroy e Bicho abriu a primeira fábrica de azulejos industriais.

Clipper:tipo de embarcação dominou
 a  metade 2°do séc.XIX.

Em nossos estudos de cartas sinóticas e de marés, descobrimos que há um direcional predominante da barra da Ilha Grande no sentido sudoeste, o que influenciaria o transporte objetos menores e mais leves de naufrágios antigos.

A contextualização pode nos remeter a uma moda e especialização no consumo de conjuntos domésticos de jantar ou até uma rota comercial para as novas exigências do período cafeeiro do primeiro período do século XIX.

A pesquisa in loco e nas diversas fontes documentais continua.

Outubro de 2020

Carlos Eduardo da Silva

Pres.IPHAR

Prof. Lic. 


*Acesse o artigo:Acesse o artigo sobre os trabalhos da arqueóloga Dorita

domingo, 28 de março de 2021

15 DE MARÇO: DIA DE QUEM??

 Dia de quem?

Essa data não tem ligação , infelizmente, com as Comunidades Caiçaras e  nem esta cultura.

Foi imposta por lei estadual paulista, Lei n° 16.290, de 20/07/2016 que dispõe sobre a inclusão no Calendário Turístico do Estado a “Semana da Cultura Caiçara”, na região da Baixada Santista, Vale do Ribeira e Litoral Norte e demais municípios; sem respeitar a quaresma, sem consultar os coletivos e lideranças antigas, sendo importante período em que adufes, zabumbas, rabecas e tamanquinhos se calam, em respeito a este período de recolhimento e reflexão.

 Tudo advindo de nossa base cultural cristã-católica jesuítica.

Acesse aqui e veja a polêmica

Em Angra dos Reis-RJ, nós do IPHAR, conseguimos promulgar de forma inédita e pioneira, no estado fluminense, a 1° lei que cria a Festa da Sardinha e a Semana da Cultura Caiçara.


É sempre entre os meses de agosto e setembro, é a Lei 3788/18.

 E é fora da Quaresma!

Nesse sentido que fazemos a reflexão: como comemorar uma data, que a priori seria alegre, festiva...mas instituída tão erroneamente?

domingo, 21 de março de 2021

O BRASIL MONSTRO :DO BRASIL ANTES DOS BRASILEIROS

 🌿👺🌴🧜

O BRASIL ANTES DO BRASILEIROS

_Os habitantes estranhos das terras misteriosas.


Presentes ainda hoje nos contares e saberes de causos e lendas (rareando...) por avós e anciões , o povo que habitava este país-continente  era visto como exótico e cheio de fantasmagorias.


Na verdade, os arquétipos de vicissitudes humanas como ódio, medo da morte ou da fome, fobias, violência, corrupção e luxúria, eles foram transferidos do bestiário medieval centro europeu para as matas, florestas escuras e águas torrenciais,e animais,  alimentadas a medida que o contato com a cosmogonia indígena era cada vez mais aprofundado.


A Ipupiara já estava presente em algumas representações mitológicas autóctones brasileiras.

Em que pese as estratégias racionais de criar monstros e falsos temores para afastar frotas piratas e aventureiros , tanto das rotas marítimas quanto até dos mapas e acervos cartográficos, pois valiam ouro esses segredos, era real nas mentalidades, a obsessão por essas bizarrices; tentativas reicidentes na humanidade, de refletir seus próprios vícios e calamidades,  no "outro".


As sereias são o alterego da culpabilidade por centenas de milhares de naufrágios e afogamentos?

Contudo diante da coletânea de fatos estatísticos de índices de morte violenta no Brasil, soa como tom profético tais criaturas sanguinolentas do passado colonial, tendo em vista que só em 2017 foram mais de 65 mil assassinatos e em 2019 foram mais 45 mil óbitos. Um país de monstruosidades explícitas, e estes números são os crimes registrados...imagina os clandestinos.

As vezes o monstro está mais próximo do que imaginamos.


Carlos Eduardo da Silva

Prof.Lic.His.

Presidente do 

IPHAR

SEMANA SANTA EM ANGRA: MUSICALIDADE ANCESTRAL, TEATRALIDADE BÍBLICA E SIMBOLOGIA

A Semana Santa é um momento de espiritualidade católico vivido com grande intensidade pela população fiel regional do litoral costaverdeano.

Sendo parte do tempo pascal, onde é rememorado pelos cristãos o Sagrado Sacrifício e a festa mais importante do Ano Litúrgico: a Ressurreição de Jesus Cristo.

Por causa da herança lusitana e com influências jesuítas, essa ocasião de externalidade e dramatização é bem acentuada nas cidades onde teve muita presença de tropeiros, navegantes e indígenas, como no litoral do Rio de Janeiro (mais acentuado nas antigas Paraty e Angra dos Reis) e no interior do país,como no Estado de Minas Gerais, desde o século XVI.


🔶MUSICALIDADE E PATRIMÔNIO MATERIAL

Porém as indumentárias, alfaias e imagens sacras, no nosso caso de Angra, são basicamente do final do século XVIII e meados do século XIX.

Alguns motetos e marchas são do século XX, de autores locais.

Nsa. Sra . das ( 7) Dores: 
acompanha a procissão

🔶 CÂNTICO DA VERÔNICA

A Verônica cantará a lamentação “ O VOS OMNES qui transitis per viam: attendite et videte si est dolor sicut meus” .

“Ó Vós todos que passais pelo caminho: parai e vede se há dor semelhante à minha dor.”

🔶A LENDA DA VERÔNICA

Diz -se uma tradição muito antiga, ainda dos séculos dos Patriarcas da Igreja, que durante a Via Crucis de Jesus, uma mulher acorreu a Ele e enxugou seu rosto, ficando impressas as marcas de sangue e a fisionomia. Daí vem Verônica: vero ícone, verdadeiro ícone do rosto do Senhor.

Baseado no texto do Livro das Lamentações 1,12 foi criada a obra Tenebrae, um moteto do século XVI, atribuído a Carlo Gesualdo, um compositor da Renascença italiana.

Em Angra, já há vários anos, a Leny, ex solista do Coral da Cidade, faz esse lamento a cada Estação da Via Crucis, na Procissão do Senhor Morto,  da Sexta Feira Santa... Já a partir de 2023, a também ex membro do Coral da Cidade, Carolina Daher, subtituiu a Sra. Leni.




Importa ressaltar que para o IPHAR, essa manifestação cultural extrapola a mera religiosidade: ela faz parte do arsenal de resistência caiçara e da herança de raiz muito antiga, contra a superficialidade reinante e a pasteurização cultural provocada pelas seitas falso-cristãs, financiada pelos estadunidenses.

A carga mítica embutida nos ritos da vida são parte de marcadores antropológicos.

Os arquétipos simples ali mostrados, criam espaços humanizantes do cotidiano da sobrevivência.

Trata-se inclusive de atrativo turístico, pois há elementos que são únicos de Angra!

A beleza cênica e a profundidade imbuída no conjunto é emocionante.

sábado, 13 de março de 2021

COMISSÃO VISITA MPF E MP-RJ E OBTÉM GRANDE VITÓRIA!

Hoje, 12/03/21, nosso grupo, com Maria, Agnes, Valnei e Eduardo , esteve nas sedes do MPF (Ministério Público Federal) e MP-RJ (estadual) para o Presidente Eduardo dar vistas ao andamento dos Inquérito Civis abertos nas respectivas autarquias desde 2015.


💙1-MPF e a vitória 💙

Inicialmente, fomos ao MPF, que mesmo sem atendimento presencial, os funcionários bastante solícitos se mobilizaram e conseguiram rastrear o IC 1.30.014.000126/2015-25, que versava sobre agressões a diversos patrimônios históricos de alçada federal (tombados /protegidos pelo IPHAN) , onde denunciei numa Representação com mais de 30 páginas, inclusive com fotos.



Em 2016, a antiga Procuradora da República em Angra, estranhamente pediu o arquivamento do Inquérito, porém, o plenário do colegiado(em Brasília), decidiu não arquivar por unanimidade, após o voto também contrário ao arquivamento da Sub Procuradora Geral da República, Dra.Darcy Santana Vitobello.

Assim, em 2018, o então Procurador sediado em Angra, a meu pedido, deu andamento.




🥰E hoje, qual foi nossa surpresa quando o serventuário trouxe um documento datado de 12/2018...com o ajuizamento da Ação Civil Pública, ou seja, uma ação judicial federal contra o portão e muro ilegais,  na servidão bicentenária da Praia da Ribeira!





⚖️Os réus são a Mitra Diocesana e a Prefeitura. Uma, por atos ilegais e a segunda, por falta de ação .

R$ 200.000,00 de indenização pública e retirada dos impedimentos da servidão histórica.(veja a foto).

Ainda cabe recurso.Mas está andando...

Vitória de um grupo pequeno, mas destemido e consciente de sua memória e história ancestral!






💙2- MP-RJ💙

Após, fomos a Serventia da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva.

Lá, dei vista ao IC 010/15.

Também protocolei um ofício pedindo informações de andamento e com a nova denúncia na Serra D'água (veja o ofício e o pedido complementar manuscrito nas fotos).

Ali verificamos que ao contrário de lei, a Secretaria de Cultura se esquiva e ainda afirma erroneamente que a Prefeitura não tem responsabilidade constitucional e da Lei Orgânica de proteger, fomentar e fiscalizar os prédios históricos, alegando que só as igrejas e monumentos são de sua responsabilidade; antigo vício desses funcionários , imersos na carolice e  prática ignóbil de achar que o patrimônio edificado é só o religioso .Se chama populismo cultural.🤮



Já em ofício de 05/2019, o IMAAR (Instituto Municipal de Meio Ambiente), outra autarquia, diz que "o município não possui bens tombados", em resposta a um ofício do MP-RJ, claramente tentando dizer que aqueles imóveis do decreto 9.649/15 que lista os "preservados"(congelados), só são passíveis de desconto no IPTU após vistorias anuais... só que o Promotor não perguntou isso...🤣...

O MP perguntou qual era a situação de TODOS os imóveis desse decreto e ainda pediu um mapa com coordenadas georeferenciadas!

Também vi que após 7 anos, o Inquérito Civil também está caminhando para um desenlace, pois está mais que maduro.


💙Agradecimentos💙

Agradeço a Maria Celia Costa Da Silva Costa , Valnei Albino Moreira  e em especial a jovem Agnes pela disponibilidade de lutar por algo coletivo e sem interesses egoístas.

Além disso, eu gostaria de  parabenizar e agradecer a amiga Glória Leite , pois o funcionário do MPF atestou que a denúncia dela foi transformada em Representação, naquela nossa campanha virtual semana retrasada contra a tal Indicação do vereador pra fazer uma bestial escadaria na falsa servidão da P Ribeira. O que outros também poderiam ter feito, mas quase ninguém se prontificou, mesmo eu dando os links.



💙4-Resumo💙

A luta por um meio ambiente saudável e a preservação da memória ancestral não é para um grupo; mas a noção de cidadania ainda é frágil nos brasileiros.

Só a vitalidade do universo para explicar como ainda mantemos a esperança.Sou pai de família, trabalho , estudo, amo... será que todos são tão ocupados que não podem se voluntariar por algumas horas presencialmente ou até poucos minutos virtuais, para apoiar essa causa , que é a arte, cultura e o acervo para as gerações futuras?

Será que seus filhos e netos continuarão a passar vergonha mundial pois ao visitar estrangeiros ou recebê-los, você mal sabe sequer sua história genealógica e pior, quase nada da sua terra natal, o que atesta ser uma pessoa vazia, fútil, artificial?

Acredite!

Participe!

Apóie!

Tenha consciência coletiva realizante!

VISTORIA TÉCNICA NOSSA CONSTATA DESTRUIÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO SÉCULO XIX, FEITA PELA PREFEITURA.

Em  30/01/21 na visita a Cachoeira do Encanto, no bairro Zungu, localidade esta que possui um trecho do Caminho da Pedra, com piso construído por escravos no século XIX, constatamos que do trecho entre a árvore figueira nas coordenadas -22.877834,-44.296987), que está após a Chácara do Ouro e o poste "30" (22.877554,-44.297550) tudo foi aterrado ou pior, colocado cimento sobre o calçamento histórico, certamente pela Regional da Prefeitura.

Uma obra de engenharia histórica sendo apagada.

É o turismo apagado.

Renda apagada.

Um plus a mais de atrativo, do que ilhas e cachoeiras sendo destruído.


Entendemos a necessidade de locomoção e trânsito dos moradores, pois é local de chuvas torrenciais.

Porém,  o desmoronamento da via, erosão e buracos é exatamente por causa da falta de manutenção do piso imperial !

Tanto que em 2018, fizemos uma Expedição técnica e constatamos que após esse poste elétrico "30", o piso bicentenário está mais conservado e não tem quase desbarrancamento ou lixiviação.

Acesse aqui a Expedição Caminho da Pedra

Reprodução em prancha,
 mostrando a padronagem
de um trecho
 (porém é hibrido/misto
 de varias técnicas).
Por Agnes Ethel.

Na época, eu propus ao então Secretário Municipal de Serviço Público, Felipe Larrosa, auxiliar tecnicamente e de firma voluntária,  a reforma do piso, de modo que os automóveis passassem tranquilamente e sem destruir. 

Absurdo!

Falta de memória!

Moradores alienados e Poder Público criminoso, por imperícia.

segunda-feira, 1 de março de 2021

EXPEDIÇÃO ANTROPOLÓGICA ARAPONGA: COMEMORANDO O ANIVERSÁRIO DE PARATY, COM CACHOEIRA , TEKOA/ALDEIA GUARANI E ORQUESTRA SINFÔNICA.



🏺1- A CHEGADA E A ACOLHIDA
Nossa missão de fato começou na Serra que dá acesso ao Tekoa Guyraitapu Pygua, conhecida como Aldeia Araponga, que começa no bairro Patrimônio, em Paraty...com ladeiras íngremes e trechos com matacão de granitos na estrada...com trechos lindos de vista do vale verde e florido.




Diálogo descontraído, m
intercâmbio cultural.



Na estrada há algumas placas

Todos ouvindo respeitosamente o Xeramõi

Sra.Marciana de Oliveira

Aldeia fica num platô


Ao chegarmos, fomos recepcionados pelas lindas crianças curumins, e sob o alpendre da cozinha , acolhidos pelo alegre ancião da comunidade, o Xeramõi("avô") e Karaí (cacique) Sr. Augustinho, ou Karaí Tataendy Oca, que com seu sorriso e altivez de 101 anos e sua esposa, foi nos apresentando sua história, sabedoria e nós, fazendo nossa cerimônia informal de reverência.

Conheça neste link, a arte milenar da cestaria





🏺2- 
VISITA AO LOCAL SAGRADO , A OPY.
Após nossas demonstrações de amizade recíproca, nos convidou para conhecer o local sagrado deles, a Opy (opã), onde ocorre a  ritualidade e o elo de intercâmbio psicossocial de todos os  autóctones M'bya da aldeia e visitantes convidados.

Tudo sob o olhar curioso dos curumins!

O Petyngua sagrado do pajé


Ali estão os instrumentos musicais como o tambor  angua'pu, as ervas, os cachimbos petynguá de efusão espiritual, a rabeca de 3 cordas (ravé), e o principal, o milho (avati), com seus 7 espécies!
Ali ele nos convidou a participar em julho,  da cerimônia do Nhemongarai, batismo do milho e do nome das crianças.

Várias espécies de milho,
 alguns exemplares
com mais de 50 anos!


Ravé

angua'pu

m'baraka

Estaremos nos organizando para tal.
Iniciar no conhecimento  da cosmogonia guarani M'bya foi uma experiência inesquecível ...e tudo num clima leve, alegre, da liderança do Sr. Tataendy.

Entrega do
livro higienizado,
 e com máscara


Também entreguei o livro sobre lendas e estórias da Ilha Grande, num compromisso com a UERJ, que nos comprometemos , de entregar às comunidades caiçaras e indígenas da região.

Ali ele me apelidou de Karaí Juruá , ou seja , cacique branco, do grupo.



Instrumento feminino
 de percussão 

🏺3-A CACHOEIRA DAS TRÊS QUEDAS

Conforme a programação que fiz, todos fomos fazer a trilha até a Cachoeira das Três Quedas...

Após atravessarmos 3 regatos e descidas íngremes em meio a vastidão de bromélias (Bromeliaceae), manacás (Tibouchina mutabilis), samambaias gigantes (Angiopteris evecta), e despenhadeiros que eu classificaria a trilha em grau médio (principalmente a sedentários, idosos ou com outros problemas)...mas chegamos na magnífica queda dágua!









Pequenez 




Liberdade!
Tem um poço, e cai de uns 20m, com curso d'água quebrado por 3 bacias...

Nossos guias foram o jovem Karaí Mirim e outro rapaz da aldeia.

Mágico e revigorante!!



Admiração por este altivo líder!

🏺4- ALMOÇO, IMERSÃO CULTURAL E O "TEREHO PORÃITE"

Nosso almoço foi galinha caipira e a melhor batata doce que já comemos!
Realmente doce! Orgânica, dali!

A toalha de mesa eram folhas de bananeira naturais...um charme.
E o fogão a lenha lembrando tempos ancestrais...e memórias afetivas.

Após o almoço, nós imergimos no artesanato, a simbologia da cestaria e toda visita tem a parte pior: a despedida...

Acesse aqui o link sobre o artesanato dos animais

Abracei o cacique Augustinho ...ele me disse uma frase em guarani, que só entendi Nhanderu (Deus)...

Em guarani (não sei de qual etnia  é esse dialeto), "tereho porãite" significa "Vá bem"... é esse sentimento que tivemos deles.

Todos nos despedimos...eu parti a frente do grupo...
Meditando...
Agradecendo...
No silêncio...





🏺5-PASSEIO EM PARATY, FEIRA DOS ARTESÃOS E ORQUESTRA SINFÔNICA

Fomos para o Centro Histórico.
Mesmo a amiga  Angelica com o pé luchado...ela foi conosco.


Visitamos o Mercado das Artes, que é uma feira de artesanato próximo a Igreja de Santa Rita (Museu de Arte Sacra)...ali tem muita arte popular e diversas técnicas; me encantou a delicadeza das peças feitas pela artesã da Praia Grande de escamas de peixe e principalmente a arte em folhas naturais com bordados ... técnica de esqueletização, dando efeitos lindos e de cores pastéis em vegetais de fibra natural.


Vimos o fenômeno da maré cheia que transforma as ruas de Paraty num espetáculo de fotos espelhadas na água e quando muito cheias as ruas viram passagem de canoas e caiaques.




A cidade foi planejada desde o século XVII com engenharia, para isso.



Comemos uns docinhos brasileiros típicos como cocada, cuscuz e brigadeiro.
Doces brasileiros

Já na Igreja Matriz de Mas. Sra. Dos Remédios...a surpresa: apresentação da Orquestra Sinfônica de Paraty, que a respeito do absurdo atraso de 1h...encantou a todos com maestria!

Principalmente minha ária de ópera favorita: "Mio Babbino Caro", de Puccini.

Chave de ouro nesse hiking ecocultural!

Antigo tachão , jogado no mato





Vivemos 
uma experiência viva 
de gerações e culturas
que se comunicam!