domingo, 15 de abril de 2018

SRA. PAULINA RAMOS ROSA, 95 DE CAIÇARIEDADE ANGRENSE!


Sra.Paulina Ramos Rosa, caiçariedade angrense !!
Veja o link no final da postagem e abra o vÍdeo feito pela Sra. Clarete, onde registra uma legítima filha da terra e ilhéu, contando a lenda do osso da Cavala.

Praia Piedade, Ilha Gipóia.

Dona Paulina Ramos Rosa



Família Ramos e Rosa, mais de 250 anos nesta terra bendita!



Meu avô paterno também é e se chama Benedito Ramos e bisavó Ritta Rosa. Ponta do Sapê, Gipóia e Bracuhy(Ilha Comprida).

Maria José Ramos e Benedito Ramos

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1660776997344993&id=100002381267828

sexta-feira, 13 de abril de 2018

EXPEDIÇÃO TÉCNICA POTYGUAR: IPHAR NO NORDESTE



✴️EXPEDIÇÃO POTYGUAR✴️
VIAGEM 
AO SERTÃO NORDESTINO

-COMPLEXO ARQUEOLÓGICO DE CARNAÚBA DOS DANTAS-RN E VISITA AO "MUSEU DO SERTANEJO EM ACARI-RN; JUCURUTU, SERRA JOÃO DO VALE E SÍTIO ARQUEOLÓGICO DA PEDRA FERRADA.

Pinturas rupestres da Tradição Nordeste, subtradição Seridó.
Dentro da região do sertão, tem trilhas curtas(1,5 km máximo), mas em meio ao bioma da Caatinga, com espinhos, urtigas, mandacarus floridos, borboletas e diversos minerais e demais vegetação típica. A beleza cênica vista do alto do Xique Xique 1 e 2 é estupenda!
As estradas federais da região são boas em 80% mas com pequenos trechos críticos com crateras. Dá pra manter uma média de 100 km/h.
Tanto em cenas do cotidiano quanto ritualísticos ou até da psique, estes povos deixaram sua marca a posteriori.
Pigmentação de seivas, óxido de ferro e talvez excrementos e sangue, petropictóricos tem entre 9 a 10.000 a.P.
Cena mestra:"Caçada"






Gravuras-Jucurutu/RN

Praia dos Artistas-Natal/RN

Praia de Pipa

Xique-xique

Caju
 (Annacardium occidentale)

Praia dos Artistas, Natal

Jucurutu-Lajes marcadas

Cena de caça e ritualidade

Natal-RN


Serra João do Vale

Pedra Ferrada-Jucuturu

São quadros panorâmicos tanto limitados quando figuras soltas.

🔆ARQUEODESCRITIVO🔆

_ Visita a sítios arqueológicos do sertão nordestino, especificamente na região do Seridó, nos municípios de Carnaúba dos Dantas-RN, Jucurutu-RN, Acari-RN e Currais Novos-RN.
_ 2018

💠 Descrição e Estilo:
No presente caso, trata-se do Sítio Arqueologico Xique Xique 1, em Carnaúba dos Dantas-RN.
O geossítio abriga pinturas rupestres em diferentes tons de vermelho, classificadas como Tradição Nordeste, subtradição Seridó. Elas retratam humanos (em cenas de festa, caça e sexo), cervídeos, felinos e aves (emas, papagaios). Essas pinturas foram registradas inicialmente por José de Azevedo Dantas, na década de 1920, como Talhado das Pinturas (Figuras 80 a 84) (Araújo, 1998; Silva, 2003).

💠 Período:
Entre 9-10.000 a.P.

💠Material:
Pictogramas constituídos por tinturas a base de óxido de ferro, com misturas de seivas vegetais, provavelmente sangue humano e outros minerais.

💠Legenda:
🔹 1- Extraordinário registro em detalhe onde mostra um grupo com cognição desenvolvida; a bolsa demonstra perspectiva de pensamento provisional e de futuro.
🔹 2-Cena de caça; clássico recorte do cotidiano. Figuras antropomorfas tem indumentária talvez plumária.
🔹 3-Infraestrutura turística do  IPHAN.
🔹4-Cena faunística com megafauna extinta?Registro expõe estranho animal com pescoço longo e asas.


🔹   5-Cena ritualística de dança pré guerreira ou de caça. A demonstração de protocoreografia grupal demonstra um agrupamento socialmente organizado.
🔹 6-Meu trabalho durante a incursão na região.


🔹7-Figuras antropomorfas exprimem sexo; não se sabe se o autor paleoindio intencionou uma mera admiração ou é um pictograma com intenção de rito. Um dos copuladores tem insígnias (plumárias?), outro não.






Nosso guia foi o simpático e conhecedor da fauna, flora e geoformações regionais, Dean Carvalho.










Na volta almoçamos no organizado e estruturado Restaurante do João.
Terminamos na casa do José Evangelista, jovem local que, preocupado com a depredação nos sítios arqueológicos,pinta em rochas naturais de refugo, reproduzindo as cenas dos paleoíndios e vende a preços simbólicos...



Artesanato do morador
 José Evangelista,
 em Carnauba dos Dantas.

Já na cidade de Acari, visitamos o Museu Histórico, apelidado de "Museu do Sertanejo", com rico acervo sobre o tema das atividades econômicas e sociais dos povos do sertão.

Indumentária cotidiana do sertanejo-vaqueiro

🔆JUCURUTU-RN🔆
Terra de queijos de coalho, de manteiga e biscoitos, tem jazidas de pedras preciosas e locais de paisagens exuberantes e mirantes geoformadas há milhões de anos.
Lá visitamos vários sítios arqueológicos com o auxílio do prezado primo da minha esposa, Sebastião Bezerra, que é nascido no local. Além do mesmo ter contribuído até com teorias muito interessantes!
Trata-se de gravuras do tipo ranhuras por abrasamento, formando o que diz-se Geométricos Puros, com painéis de vários períodos datáveis, pois o nível de desgaste se Presenta diferente em poucos centímetros de espaços.

Ainda o governo local está inserindo no Geoparque Seridó.
Infelizmente muito se perdeu pois há estradas rurais passando literalmente por cima dessas lages escritas. 
Há a iminente ameaça de tudo ser inundado pela expansionista Barragem de Oiticica.

Uma aventura para a pequena Agnes e sua prima Ana Cristina.
Trilha em família!

ARQUEOLOGIA:JAZIDA ARQUEOLÓGICA MARINHA EM ANGRA DOS REIS

DESCOBERTA!
Nosso instituto está empreendendo pesquisas  numa jazida arqueológica em Angra dos Reis. Fazendo parte tanto de uma região de engenho e cafeicultura nos séc.  XVIII / XIX , quanto rota de importação/exportação  de diversas manufaturas desde o século XVI.
Esses são resultados preliminares.

 🏛📚ARTIGO📚🏛

TESOUROS EM CACOS

1- INTRODUÇÃO
Sei que é um assunto ignorado pelos brasileiros em geral. Mas os atuantes nos assuntos arqueológicos, historiográficos, etc sabem que - sem cair na autovalorização factóidica - ainda se pode entender os processos produtivos e seus materiais químicos, as relações sociais e econômicas de uma civilização local, com base nas análises da manufatura do objeto estudado.
Diante de um lítico préhistórico, de uma porcelana craqueada e outros longínquos indícios esparsados de um modus vivendi, os pesquisadores conseguem datar  o período em que a peça era usada, a forma dentro do cotidiano que servia e rastrear o local de fabricação.

2-INSTITUIÇÃO ENTRA EM AÇÃO
O IPHAR, como Instituto de pesquisa arqueológica e histórica, recebe de populares espontaneidade em diversos materiais antigos. Sem incentivar a retirada e fazendo um trabalho de conscientização com viés científico- educativo, não podemos condenar essa "curiosidade" popular e também é totalmente indiferente deixar a peça  sem coleta,  desses testemunhos nas praias, pois Angra dos Reis é região muito antiga, tendo desde sítios arqueológicos do Período Neolítico , era das grandes navegações do século XVI e o ciclo da cana e do café.

Nossas ações vão muito além da recolha, pois tais jazidas naturais sofrem com vandalismos e destruição pelo turismo superexplorado do dito day use e portanto, não se pode falar em "manter o sujeito arqueológico no cenário original", o que seria uma inocência por parte dos pesquisadores da nossa instituição. Retira-lo, catalogar e estudar o caco, a parte, pode trazer a tona e à vida personagens, histórias e relações humanas esquecidas nas profundezas do mar. É resguardar o patrimônio.

3-SABEDORIA CAIÇARA
Assim, nós caiçaras sabemos que sempre após as ressacas ou "marões" , a areia é revirada pelas marés fortes e chega naturalmente nas praias os cacos de fainças, porcelanas e às vezes(mais raramente), até cerâmicas Tupinambás , Guayanases e outros povos.

4- RIOS RETROALIMENTAM AS JAZIDAS
Importa ressaltar que muitas desses fragmentos de argila, vitrificados, porosos ou não e stoneaware, são provenientes das enxurradas dos grandes rios que desaguam na Baía da Ilha Grande, nas desembocaduras dos caudalisos Jurumirim, Japuhyba, Mambucaba e Caputera, regiões hidrográficas que tiveram grande movimentação de tropeiros, portos de pedra /trapiches e de exportação, pousos, trocas comerciais, engenhos de cachaça e estradas coloniais que singlavam as escarpas tropicais da Mata Atlântica desde o ciclo aurífero , das gemas preciosas e com auge nas  monocultura do Coffea arabica.

Carlos Eduardo Caiçara
Presidente do IPHAR
Angra dos Reis, 09 de abril de 2018

Imagem:fotografia de uma fainça , com chinesice; provavelmente final do século XVIII e meados do séc. XIX. Acervo do IPHAR.


Parábola angrense: o burro e onça .



PARÁBOLAS ANGRENSES

O BURRO E A ONÇA
Um burro há décadas carrega fardos pesados...se orgulhava de sempre cumprir seu dever, mas vivia reclamando de cansaço, dores, patas machucadas etc.
A onça por sua, vez, ao encontrá-lo um dia, lhe disse:
-"Veja, há anos você faz a mesma coisa, segue o mesmo caminho, já eu, sou livre, ando por onde eu quero, mesmo sabendo que as vezes não consigo comer o suficiente por não ter caça...liberte-se!"
o burro responde:
-"In,on, sim, mas meu dono gosta de mim e nunca falta no final do dia um bom capim.E eu nunca errei o caminho"
 E o burro deita no curral imundo e dorme cansado.
-A onça , tentando mostrar a verdade, ainda diz:
"Seu burro, você só conhece o caminho que te mostraram...não o seu".
A onça, balançando a cabeça,retorna para a mata, e livre, também tem sua rotina de sobrevivência, mas não se prende a mentiras contadas por donos que escravizam...Ela conhece e faz seus próprios caminhos.

Moral da história:MaIs vale a liberdade de pensamento e de vida com percalços, que viver rotinas impostas OU conheça a sua verdadeira cultura!


ISSO É O IPHAR:LIBERDADE , CONHECIMENTO E QUEBRA DE ESCRAVIDÕES REPETITIVAS.