quinta-feira, 28 de maio de 2020

MONUMENTO RESTAURADO!

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MONUMENTO RESTAURADO!

Praia da Ribeira, Angra dos Reis-RJ.Brasil

Após mais de 5 anos denunciando, cobrando secretários, principalmente a Parques e Jardins, publicando nas redes sociais online, ligando, ofícios, até mensagens para o próprio artista querido, Paulo de Lira...finalmente a Praça dos Pescadores teve atenção: o monumento "peixe", os bancos e brinquedos foram repintados e envernizados!





 🌱🌼🌸Ainda falta jardinagem e paisagismo .

👀👁️Agora é ter vigilância popular para que não colem cartazes religiosos de seitas e ou propagandas.

⛵Este é um monumento símbolo da resistência da Cultura Caiçara ANGRENSE: Praça dos Pescadores, obelisco Peixe.

❤️🇧🇷 Gratidão

Como prova de nossas denúncias, estão os links:


CAUSOS DA MINHA GENTE: "PERCO A ELEIÇÃO, MAS NÃO PERCO A PIADA"


domingo, 24 de maio de 2020

CAUSOS DO MEU POVO-A LENDA DA BICA DA CARIOCA, ANGRA DOS REIS-RJ

LENDAS CAIÇARAS...NOSSA CULTURA.

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O CASAL DA BICA DA CARIOCA
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Chafariz da Carioca
Apesar do progresso, a água em Angra dos Reis, no século XIX, era vendida de casa em casa, acondicionada em barris. Uma das nascentes ficava no alto da chácara da Carioca, a água era coletada em canos de bambu até jorrar em um poço na parte mais baixa. 

Em 1842, a Câmara Municipal, construiu, naquele lugar, um chafariz para que a própria população pudesse abastecer-se de água. Em torno desta fonte criaram-se várias histórias, uma delas dizia que:
Era comum à tarde, as pessoas irem à fonte da Carioca para um passeio e beber água fresca e límpida que das cinco bicas jorrava. Conta lenda que quem toma água da bica do meio, não mais esquece Angra e, se dela sair, um dia volta. 

Também era comum os rapazes esse passeio e ao nos encontramos, trocávamos olhares, sorrisos, cumprimentos e, muito raramente tinha lugar um pequeno bate papo, uma conversa. Assim, já acontecia em fins do século passado. Sinhazinhas com suas mucamas vinham dar o seu passeio. Receber a brisa refrescante e abeberar-se da água cristalina. O frescor ao pé da fonte, o aroma das acácias, das flores das paineiras e das flores silvestres que a ela circundavam, tornavam o local paradisíaco. Os jovens da época, almofadinhas ou janotas, também apreciavam esse passeio; também olhares eram trocados, sorrisos furtivos...
Inauguração

❤ Certa vez um mais afoito, chega-se à mucama e, como a pedir-lhe de beber, deixa em suas mãos, um bilhete crivado de frases lindas, cheio de juras de amor e pedindo permissão para aproximar-se da jovem escolhida e que lhe foi concedido. São poucos os encontros ao pé da fonte, mas o bastante para compreenderem que se amavam. O pai da jovem ao saber desses encontros, proíbe o passeio. O rapaz apaixonado vai a fonte todos os dias, esperando rever a musa dos seus sonhos. Mas, em vão. Triste e abatido ingressa nas fileiras dos Voluntários, para a Guerra do Paraguai. Manda-lhe ainda um recado: Ainda espera encontra-la um dia. Mesmo que seja depois de morto. A moça definha dia a dia, lamentando o amor perdido. 

Mas morre o rapaz, nos campos de batalha... A jovem termina seus dias em seu leito de dor... Dizem os antigos, que em noite de lua cheia, com o luar se infiltrando e espalhando sua luz entre as folhas da paineira, é visto duas sombras, de mãos dadas, junto a fonte.

EXPEDIÇÃO TÉCNICA APODI: INCURSÃO ARQUEOLÓGICA NO SERTÃO E NA TRADIÇÃO AGRESTE, SUB TRADIÇÃO APODI

❇️🔅 EXPEDIÇÃO APODI ✴️✳️

2005

Apodi é um município que  fica no Rio Grande do Norte, região nordeste do Brasil.
Em 2004/2005 iniciei meu estágio e curso de Produção de Petróleo e Gás no Cefet, pela Petrobras, em Mossoró; aproveitava as folgas e fins de semana para explorar a região do semiárido, tanto nós sítios arqueológicos quanto patrimônio histórico, espeleologia (grutas e cavernas) e paisagens naturais.


Assim, além de visitar um amigo na sede do município, aproveitei e fui ao Sítio Arqueologico do Lajedo da Soledad., no sertão.

As grafias e pinturas seriam da tradição Agreste, sub tradição Apodi.
Entre 10 mil a 3 mil anos.

Após descer do ônibus na rodovia, contei com a sorte e peguei uma carona num pau de arara, típico caminhão que carrega passageiros, com bancos e uma capota por cima para proteger do sol...

Chegando lá, no pequeno vilarejo, embora as pessoas olhassem como se eu fosse um alienígena, fui bem acolhido e o guia do pequeno museu, me levou para um roteiro, inclusive, tive de me rastejar em frestas de rocha, de apenas de uns 0,80 m para registrar as fotos!

Araras estilizadas, aracnídeos, centopéias...e o mais extraordinário: mãos humanas como que emanando uma energia, uma aura...de cor ocre e amarela.



É digno de nota ser incrível naquela área remota, a capacidade de capilaridade da indústria do petróleo manter um museu moderno e criar pequena rede de empregos.




Região arqueologia, com presença de fósseis animais da era glacial, mas também outras eras com presença humana neolítica,  além de indígenas de alguns séculos atrás, talvez Paiacus.

Uma experiência e tanto!

Carlos Eduardo
Prof.Lic. Hist.
Pres. IPHAR

segunda-feira, 11 de maio de 2020

GENTE DA GENTE: ARISTÓTELES ÁLVARES VELLUDO


FILHO DO MAR
Nascido na praia do  Pouso da Cajaíba, Paraty-RJ, Aristóteles Álvares Velludo, conhecido como Seu Ari, era filho ilegítimo, segundo contam, de um padre paratiense, chamado Manuel Alves  Veludo.
Mas se mudou para a região geográfica próxima aí Centro antigo de Angra dos Reis, chamada Ponta da Cidade, Praia do Café.
Ali ia de canoa até idade avançada, com seus produtos da terra e pesca,ao Mercado Redondo/Peixe, na cidade, para comercializar.
FILHO DA IGREJA
A fazenda Santa Maria foi comprada por Gibrail Thannus,em 1955 de Theophilo Rameck, que por sua vez a havia comprado em 1935, em uma hasta pública, de Aristóteles Ferreira, que havia herdado a fazenda de seu avô, o padre Manuel Alves Veludo, que por sua vez a havia herdado de seu pai, o também padre José Mateus Álvares Veludo. 
Este, ficou conhecido pela crueldade com que tratava seu escravos, desde 1798 passou a adquirir imóveis, concentrando sob sua propriedade todo o segundo distrito da cidade de Paraty, área que corresponde a exatos 330 alqueires geométricos concedidos em 1580 pela coroa portuguesa, sob forma de sesmaria, ao Convento Nossa Senhora do Carmo, da cidade de Angra dos Reis. Por não ter sido ocupada pelo convento, a sesmaria, em 1622, foi transmitida a Lourenço Gil e Marcos Fernandes e posteriormente 
fragmentada em diversas propriedades (MELLO, 2005: 226 - 227 e JÚNIOR, 2005).

FILHO DA FÉ
Conhecido também como benzedeiro, com suas orações de fé, singelas, curou vários moradores e compadrinhados.
Fazia chás e suas invocações ao Espírito Santo e a Santíssima Trindade, com Senhor Jesus e o Pai , a intercessão dos Santos ,dos heróis história da fé e da devoção caiçara, como São Benedito, São Gonçalo entre outros.
O próprio comportamento de um grande mestre espiritual, mesclando ritos cristãos europeus com conhecimento indígena.
Mais um Gente da Gente.




sábado, 2 de maio de 2020

EXPEDIÇÃO CAJAÍBA:A arquitetura mágica

🌴🌊⛵👒🦈
 EXPEDIÇÃO CAJAÍBA
🌴🐅👒🦀🧺
16-18/09/2019
°°°°°
_A ARQUITETURA MÁGICA

A região que contempla a Reserva Ecológica  Estadual da Juatinga, que contém várias comunidades tradicionais caiçaras em diversas praias, possui uma característica única no planeta:


🎨muralismo e retomada da técnica construtiva da taipa de mão,  em suas habitações.


A temática é a tropicalidade, em seus aspectos da fauna, flora ou símbolos culturais. emoldurando janelas, paredes, portas, postes...formando uma paisagem bucólica e positiva.





A seguir, alguns aspectos registrados durante a trilha de 17/08/19:



Rugendas em Mangaratiba?

O QUE UM RETRATISTA ALEMÃO TEM A VER COM UMA PEQUENA CIDADE DO LITORAL FLUMINENSE...

Uma expedição científica liderada e encomendada pelo Barão alemão naturalizado russo, Langsdorff, patrocinada pelo governo imperial russo e apoiada politicamente e com taxas alfandegárias e incentivos fiscais pelo império do Brasil, traria na primeira metade do século XIX, um retratista e pintor alemão , de tradição artística familiar, ao então misterioso e obscuro Brasil.

Assim, Johann Moritz Rugendas, nosso quase familiar Rugendas, mesmo se separando da expedição principal, empreendeu viagem pelos sertões do Sudeste, Centroeste e Nordeste, incluindo nossa Costa Verde.

Uma de suas litogravuras foi feita em 1831(publicada em 1835) em Mangarariba-RJ.
Trata-se de uma transcrição de um trecho da Mata Atlântica, com sua característica riqueza biológica, tanto faunística quanto botânica, que aliás espanta até hoje os visitantes, principalmente estrangeiros.


Com uma técnica de impressão em pedra com gorduras mecanicamente forçadas, possivelmente não é , na opinião da maioria dos estudiosos, um retrato exato do trecho observado, mas há a influência do neoclassicismo e do romantismo bucolicizado europeu em seus trabalhos.

Mas o registro da região foi presencial!
Rugendas esteve em Mangaratiba!

Carlos Eduardo da Silva
Presidente do IPHAR
Prof. Lic. Hs.

PATRIMÔNIO: O HORROR ATACA NOVAMENTE


🔴 Prédio protegido  Decreto Municipal 9649/15 , um dos poucos representantes da forma construtiva típica da década de 1910-30, início do século XX ,na Rua do Comércio, em Angra, sofreu ataques, embora mantendo a fachada:

1-Teve a volumetria (cômodos) alterados, inclusive com demolições internas, para ser anexado ao lado, firmando uma loja só.
2-🔶Teve pintura externa aberrante e totalmente deformada, afetando inclusive a visualização dos elementos decorativos da arquitetura.
3-🔷Respeitou a fachada, no quesito do tamanho da placa de propaganda.


🔴 Indagações mudas, pois os incompetentes e alguns até quadrilheiros da Secretaria de Obras, são hipócritas, mancomunados com o Ministério Público ausente .

1-Houve alvará pra obra interna?
2-Se sim, quando a farmácia apresentou o Processo de modificação, a Prefeitura não inquiriu sobre a pintura e sobre a legislação sobre o prédio?

Mais um caso ignorado por todos.

DESCOBERTA! 🏛️🏣 AUMENTA O ACERVO

🏛️🏦DESCOBERTA! 🏛️🏣
AUMENTA O ACERVO 

Uma arte caiçara rareando, próximo a extinção.

⚱️CONTEXTO HISTÓRICO
Assim é o artesanato do Sr. Duval ou Divalzinho, da Ponta Leste,Angra dos Reis, 84 anos aproximadamente.
Escultor em madeira, tanto de remos artísticos e outros ferramentais simbólicos da lida cotidiana , tudo em recortes em alto relevo, tem elementos figurativos fitomorfos, que ainda estou aprofundando se da flora local ou imaginária.


⚱️MATERIAL:
Madeira 

⚱️ PERÍODO: 
Século XX, meados do século XXI.

⚱️ESTILO/AUTORIA:
 Inflorescências triangulares; Barroco popular.

⚱️ TÉCNICA:
Manufatura com sulcos. 

🔶Foice:
1,20m de comp.; 350g aprox.

Facão:
40cm de como.; 200g aprox.




MORRO DA FORTALEZA: A HISTÓRIA ESQUECIDA E UMA NOVA PROPOSTA

MORRO DA FORTALEZA:
A HISTÓRIA  ESQUECIDA.

O portão  do cemitério  da Igreja Matriz e os canhões  pichados da Praça  Amaral  Peixoto  ("praça  do porto")...pertenciam ao Forte do Carmo (Forte São José) que existia  no atual Morro da Fortaleza.

Construído no governo Vice-rei D. José Luís de Castro – o 2° Conde da Ponte - (1790-1801). 

Em 1797, já estava pronto e armado com 3 canhões de 12 e 4 de 6 libras. Completando a construção, havia uma trincheira de mais de 90 metros de comprimento (CASTRO, 2009: 323).

Souza, em 1885, relata que este forte e o de São Bento, destinavam-se a "defender a costa, o grande saco de Japuhiba, a frente da cidade e a estrada que se dirige a serra para subir a São João do Príncipe. Além deles, foram projetadas em 1822 outras baterias e um forte na ilha próxima [?], para haver um eficaz cruzamento de fogos" (SOUZA, 1885: 115).

 Complementa ainda que as construções dessas últimas fortificações “foram adiadas", ou seja, não se concretizaram, e que dos dois fortes existentes (em sua época) apenas devia haver ruínas. Garrido informa que, em 1838, essas duas fortificações de Angra eram comandadas em conjunto pelo 1º Tenente João Floriano de Oliveira (GARRIDO, 1940: 129).

Até  os anos 1990 ainda restavam colunas de pedra e muros...sendo demolidos vagarosamente por invasores que construíram  na área  suas casas.

QUE TAL SE OS LEVÁSSEMOS  PARA PELO MENOS MAIS PRÓXIMOS  DE SUA ORIGINAL LOCAÇÃO??
Os canhões  e o portão  para o gramado do calcadão da Praia do Anil...onde tem aquelas aquelas palmeiras, ao lado dos Reis Magos...?

Fica nossa proposta .

☣️⛵☣️ Covid-19: O entendimento caiçara da pandemia

O linguajar típico caiçara, desses povos que povoam desde a comunidade pesqueira de Tubiacanga, na Baía da Guanabara até o Estado de Santa Catarina, está ficando rareado.
As telecomunicações, a televisão, o contato com turistas, foi pasteurizado, padronizando, a riqueza do léxico praiano.

Nosso blog é de resgate e ressignificação para as novas gerações.

A pandemia do vírus SARS-CoV-2 é um betacoronavírus descoberto em amostras de lavado broncoalveolar obtidas de pacientes com pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, China, em dezembro de 2019. 
Pertence ao subgênero Sarbecovírus da família Coronaviridae e é o sétimo coronavírus conhecido a infectar seres humanos.

Até os anos 1960, ainda se achava pescadores e agricultores idosos, que , com pouco contato externo, ainda guardavam o repositório cultural linguístico das comunidades tradicionais.

Os caiçaras anciões, teriam comentado, em sua sabedoria :



EXPEDIÇÃO UBATUBA: RAÍZES CAIÇARAS 7 🧡Igreja Matriz da Exaltação da Santa Cruz.




🧡Igreja Matriz da Exaltação da Santa Cruz.

💠Lindíssima! Patrimônio rico em arquitetura e simbologia caiçara.

⚜️Estilo:
Neo clássico, com interior eclético. Teto da nave em madeira corrida com óculos emoldurados por belas pinturas a moda renascentista lhe dá claridade. Altar disforme quanto ao espaço da capela-mor, mas muito belo, com detalhes em ourivesaria e um Crucificado em destaque. Mesa sacrificial em forma de ubá caiçara, colocando centralmente ao culto divino, os povos tradicionais; belíssima inculturação!
Um templo grandioso, com 5 altares laterais para cada confraria.
 




⚜️ História:

O início se deu na segunda metade do século XVIII ( 1700 ). 
Mas ainda en 20 de junho de 1834, a contrução se arrastava.
A  Câmara local (espécie de prefeitura mesclada com câmara de Vereadores) solicitou do governo da Província, providências em favor daquelas obras. Novamente em 10 de janeiro de 1835 a Câmara dirigiu-se ao mesmo solicitando providências para a reedificação da Matriz, da qual só existe a Capela-Mór. 





De quanto acima, vê-se que em 1835 a Matriz estava ainda em início de construção, as obras prosseguindo em moroso andamento, enfrentando as dificuldades da época e a grandiosidade do templo.
A porta corta vento da entrada é exuberante e o portal principal com caixilhos com vitral colorido, com bandeira superior de em raios metálicos,ascendentestes. Representação do sol maçônico ou hóstia. 
Destaque para as portas laterais e principal, almofadadas com símbolos florais; não identifiquei se são conjecturas de acanto ou flor silvestre local.





Nesse andamento, em 1866 foi acabada a fachada, como se pode conferir no alto da porta principal, num gradil de ferro.
Embora românica, falta-lhe uma torre, demonstrando provável desaprovação oficial régia.

⚜️ Praça e Coreto

Tipicamente romântico, o coreto é encimado por uma Lira musical, e rodeado de gradil artisticamente confeccionado em ferro.
Precisa de reformas.



A praça, tem obelisco rochoso comemorativo ao tricentenário de fundação da vila e possui o curioso brasão d'armas da municipalidade, onde se destaca uma canoa com os Tupinambás originários.


Infelizmente, a construção de um quiosque comercial e a colocação de carrinhos tipo foodtruck na avenida, defronte a praça e a igreja, tampou e contaminou a visão do conjunto arquitetônico , da visão do mar.

⚜️Mas continua vetusta essa monumentalidade ubatubense !

Carlos Eduardo da Silva
Pres. IPHAR
Prof. Lic. Hs.