quinta-feira, 6 de maio de 2021

E DANÇAVAM E CANTAVAM A VITÓRIA CRISTÃ...GRUPO DE CONGADA EXTINTO EM PARATY.

O grupo da dança de congada, do bairro  São Gonçalo e região de Taquari e Tarituba, em Paraty,  se extinguiu há uns 10 anos ou mais...

Na bandeira/estandarte, o festeiro Osvaldo Bulhões Lara Filho, e
com 16 anos, anos 1970!


1- A Congada em São Gonçalo, uma manifestação de pretos e caiçaras.

Existiu por mais de 60 anos aprox.  e mantinha população unida, com sentido de pertença e fiel às suas origens culturais. Também era fermento de sociabilidade, principalmente blindada dos ataques de vícios urbanos como drogas e seitas religiosas de fundo americanizado.

A Congada é um festejo em firma de cortejo dramático, onde celebra a vitória cristã frente para pagãos. Há danças, embaixadas e ritmos bem marcados, usando espadas e tambores. Há relatos desde o século XVII.

2-Origem e enredo

Os primeiros registros de congadas são do período colonial: as primeiras manifestações de coroação de reis negros teriam sido realizadas com os reis de Angola no século XVII, e tal prática teria sido realizada por escravos e forros no XVI em Lisboa. O surgimento da eleição do rei e da rainha congos liga-se à representação política e simbólica do rei do Congo, promovida em 1551, pelo rei português D. João III em Portugal (TINHORÃO, 1988:42). 

Acredita-se que, no Brasil colonial, a primeira coroação do rei Congo feita por uma irmandade religiosa ocorreu em Recife no século XVI e Chico Rei, considerado o primeiro rei Congo a fazer um terno de Congada em Minas Gerais teria sido coroado no ano de 1717 (FRANÇA, 2011: 9). 

Basicamente, a congada conta a história do embaixador de Angola que, em nome da Rainha Ginga, visita o Rei do Congo num dia de festa e quase causa uma guerra. Há luta, mas os cristãos vencem.

Iohan Moritz Rugendas


Através das irmandades religiosas, a população negra no Brasil colonial e também imperial, escravos africanos, escravos nascidos no Brasil e livres, reconstruíram suas identidades e reinterpretaram os códigos católicos, conquistando relativa autonomia para praticarem seus cultos (OLIVEIRA, 2006). 

As irmandades negras desses períodos se formavam em torno das identidades africanas mais amplas, criadas na diáspora negra.

Mas se foi.

Fonte:acervo pessoal de Sibelia Lara, de Tarituba

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AGRADEÇO PELA CONTRIBUIÇÃO!
AGORA VOCÊ É UM CAIÇARA!