quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

NOTA DE URGÊNCIA: A TRAGÉDIA DO BRACUHY

 A tragédia natural de 09 para 10/12/23 , tem elementos que somam descontrole de índices urbanísticos, corrupção e inapetência estatal, mudanças do clima global e ações antrópicas históricas deletérias.


🔶A DINÂMICA DA TRAGÉDIA

(Minha autoria)

A torrente de lama e dejetos (linha amarela 🟡) desceu com força e velocidade das escarpas montanhosas e encontrou uma barreira afunilada na ponte da BR101, ao estreitar-se ela explode a jusante da ponte em pressão muito alta (efeito " _bico de mangueira")__ e com uma onda violenta de aproximadamente 5m, transborda da calha natural (linha azul 🔵)e atinge o condomínio Piccola e as casas do instmo artificial do canal (área em vermelho🔴).



 🔶Histórico :

A jusante da BR 101 , onde é o condomínio Geral Porto Bracuhy era um manguezal com um enorme delta do Rio Bracuhy até a década de 1970.

O rio portanto desaguava bem mais próximo da rodovia e hoje está afastado em torno de 2-3km...e as forças hidráulicas eram amortecidas pelo manguezal .


A construção do canal e o desvio de parte do rio, criou curvas inexistentes e um instmo artificial ocupado por mansões e marinas entre o rio e o canal, que portanto, estão sob risco permanente  desde então.

Nessas imagens, está claro: a ponte da BR 101 (amarelo 🟡) afunilou o fluxo da avalanche , que explodiu com pressão e energia a jusante, atingindo o canal, o Cond. Piccola e as mansões do instmo (🔴).

Porém, contraditoriamente, foi o canal que salvou os moradores e imóveis do Cond. Geral Porto Bracuhy de uma catástrofe maior, pois ele serviu como "piscinão" de reservatório da onda que veio arrastando tudo da Serra da Bocaina.

Já os moradores acima da rodovia, sofreram o efeito "dique" da estrada, pois é mais alta que os terrenos, com o alagamento e menor velocidade de escoamento sob a ponte.


🔶Uma reflexão

Será que se os índices urbanísticos do Plano Diretor original (de 1991) e outros ditames legais de uso e ocupação mais rígidos tivessem sido respeitados e não flexibilizado pela fiscalização da Prefeitura e outros órgãos, o impacto seria esse de 400 desabrigados e dois óbitos?

sábado, 7 de outubro de 2023

SRA. LUZIA E SEUS DONS DE CURA


1- A rezadeira para todos

 Há muitos anos, no bairro Belém, floresceu uma família que tinha um dom especial, a partir de sua matriarca, a pequena na estatura e grande na força espiritual : dona Luzia Dias da Rosa ou dona Luzia.

Atendia a todos que precisassem, pobres, ricos, religiosos, ateus, enfim, quem precisasse e acreditasse em suas rezas de base cristã católica.

Teve 7 filhos: Silvana (ótima pessoa, conheci, mas já falecida), Luiza, que me passou várias informações, Paulo, Pedro, Sônia, Andréia e Silvia.

Seu esposo era Pedro Adolfo Rosa.

Seu sogro era Hercílio Diniz Rosa e a sogra Benedita do Rosário, ambos de famílias tradicionais caiçaras.

A lembrança que tenho eram as sessões de reza e bençãos que ela fazia pelo meu pai, lá mesmo no bairro Belém. Meu pai parecia sair aliviado e feliz.

Ela trabalhou na nossa casa no centro de Angra como diarista e na verdade era uma como uma parente nossa , muito querida.

2- Luzia, a iluminada.

De pais provenientes de antigas famílias  angrenses, seu pai se chamava Veriato Benedito Dias e mãe Maria  Luiza da Conceição, dona Luzia teve seu desabrochar do dom de conselho e cura desde criança... já era uma menina especial entre os moradores.

A região da Japuhyba e especificamente do Belém, é de colonização muito antiga, ao contrário do que muitos acreditam; sua igreja católica é do século XIX (200 anos) e há uma estrada de pedra, obra monumental,  feita pelos escravizados, recentemente registrada por nossa equipe, onde passavam tropeiros, viajantes, barões e contingentes de escravizados, ouro, pedras preciosas, etc...estrada essa que ia até a atual Lídice e seguia para o Vale do Rio Parahyba e região.

Clique aqui e conheça a rica História do Belém e a arquitetura da estrada dos escravos

Hoje semi abandonada,
(há uma mais moderna em outra rua)
a Capela de São Sebastião
 tem muita história...

Imagens estão no Museu de Arte Sacra municipal

As rezadeiras do Brasil,  senhoras de honra ilibada e conhecedoras de fitoterapias naturais , tem linhagem matriarcal e exerciam seu mister normalmente nas horas vagas após os afazeres domésticos e da lida da agricultura.

Eram exímias parteiras , lideranças comunitárias e até  conselheiras de casais . 

3- As orações 

Segundo Silvana, que me ajudou na pesquisa para este artigo, a quebra do quebranto, que era o mal estar e  de crianças , na maior parte, se tratava de um torpor, falta de apetite, crise depressiva e até febre e bocejar constante.

Assim era feita: 

Com um pouco de leite materno num prato ou pires, com casca de alho ,  ela invocava a presença de Deus (Santíssima Trindade), com o sinal da cruz na testa da criança, e com a criança de cabeça pra baixo, em voz muito baixa, fazia orações . A criança ou adolescente dali  mesmo já saia brincando, cantando e com apetite...

Já para a dita espinhela caída, que poderia ser hoje problemas na coluna vertebral, artroses ou inflamações musculares, ela fazia o seguinte rito :

"Espinhela caída sai desse lugar,

assim como Jesus Cristo está no Seu altar.

Três maiores no mar (Três Reis Magos?), Três missas de Natal.

Espinhela caída, sai desse lugar."

Também era as vezes pedido que a pessoa se penduradar na soleira da porta do recinto para certificar-se da cura. Este ritual eu mesmo assisti.

Já para destroncado (luxações, fraturas, torções), muito comuns no meio rural e de pesca, era o seguinte misterioso fenômeno:

Com uma vasilha (pequena panela, prato fundo, etc) cheia de água fervente, e em cima uma tesoura aberta e um pente de cabelo comum, dentro de uma bacia de metal, a água milagrosamente se movia da vasilha para a bacia, sem ninguém tocar e o "paciente", ali próximo ,  realmente sentia no local do corpo um calor inexplicável e como se os ossos ou os nervos se realinhassem e desinflamassem, saindo curado .

Normalmente, por gratidão , as pessoas faziam uma doação espontânea em dinheiro e até depois, voltavam com presentes e agrados como frutas e doces caseiros.

Reprodução de xilogravura do Ateliê Puta Paiva, Bahia

4- Um resgate da memória afetiva.

Nosso objetivo nesse artigo inédito sobre essa angrenses tão querida por gerações, mas cujo legado de amor e dedicação estava adormecido há no mínimo 30 anos...foi trazer as bases de uma revalorização da História de alguns bairros e suas personagens reais e ao mesmo tempo, etéreas.

Nosso trabalho é de arqueologia social.

Assim, agradecer a a Luiza, aliás que foi amiga quase irmã, de minha madrinha de batismo, a saudosa também outra Luiza, a Lú Queiroz, mas essa já é outra estória...

Luz de todos, dona Luzia !


Carlos Eduardo da Silva

Prof. Lic.

06 de outubro de 2023






domingo, 10 de setembro de 2023

🔴ALERTA PATRIMÔNIO CULTURAL 003/23: FAZENDA E ALTAR SACRO ATACADOS

Em uma semana duas denúncias gravíssimas e envolvendo o crime de omissão e prevaricação da Prefeitura (artigo 319, Código Penal):

O caso da rara imagem sacra da Santíssima Trindade, século XVIII, sob a responsabilidade do Museu de Arte Sacra municipal que foi retocada e modificada grotescamente, segundo denúncia de um/uma anônimo (a), inclusive com relatório do IPHAN constatando, e que mesmo não sendo tombada (protegida por lei) , é sim moralmente e artísticamente protegida, pois é um patrimônio do povo brasileiro (ALERTA CULTURAL 002/23) e agora, a Fazenda do século XVIII, do lado entre a Ilha da Gipóia  e o  continente, sede esta de 1745 (a confirmar) e que foi totalmente deturpada, com telhado retirado , além das portas e janelas. A fotografia foi feita por mar em agosto/23.


Um local ancestral , talvez ligado até mesmo a fundação de Angra dos Reis como cidade, pois foi naquela região, que em 1617, o Padre Luís dos Santos Figueira foi assassinado por um fazendeiro chamado Manuel Antunes, da Ilha da Gipóia, por denunciar o tráfico negreiro,  talvez o abuso sexual de indígenas (e curumins) e o envolvimento desse fazendeiro com a pirataria de ouro; ao contrário de alguns autores e historiadores que tentam desviar o assunto para uma falsa teoria de um famigerado romance do padre com a sinhá do fazendeiro. Esse fato (assassinato do clérigo) resultou num anátema (maldição) do Bispo e a mudança de local da região da atual Vila Velha para o centro de hoje.


🟥 Como estará o altar da capela? O telhado, talvez com forma arquitetônica única e típica de entesouramento do madeirame, ou seja, formas de construção as vezes com técnicas locais , foi fotografado/registrado?

A Prefeitura  emitiu alvará?




🔸🔸Lembrando: tivemos esse ano a destruição da fachada da Padaria do Commercio, por uma rede de farmácias, com enxerto de molduras plásticas e pior, eliminação de detalhes arquitetônicos e da pintura; isso seria  escândalo para aqueles que se dizem "angrenses tque amam a cidade", mas na verdade são hipócritas , coniventes com a explícita feiúra da sede do município e a extinção da sua própria história e tradição.

Sendo que a mesma rede de drogarias destruiu outro prédio (pintura) na mesma rua, em 2020. Tudo a poucos metros da Secretaria de Cultura e "Patrimônio" e da Secretaria de Obras (e o  setor de Alvarás tem de ser indagado).

Que o altar histórico tenha sido preservado...

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

EXPEDIÇÃO ANTROPOLÓGICA ITAVERÁ (PARTE 1): DO BISPO AO IMPERADOR.

1- Contexto histórico e simbólico

Estivemos nos sertões da antiga Vila de Itaverá, hoje  Rio Claro-RJ e que na verdade, antes de Itaverá, já vera Rio Claro, mudando de nome praticamente no mesmo dia por ordem  provincial...

Trilhas na Pedra do Bispo .


Bispo

Elefante 

Conforme explicação dos guias, na verdade, a Pedra do Bispo recebeu esse nome , mas a montanha ao lado, o chamado Morro do Elefante, que de fato lembra um piléu, antiga boina usada pelos bispos católicos; a mitra, ornamento ritual da atualidade, é mais parecida com a Pedra do Bispo.

Piléu de pescador, típico europeu,
lembra a pontiaguda rocha do Elefante.

Barrete de párocos e
demais hierarcas católicos
lembra realmente a Pedra do Bispo.


Mitra, símbolo da santidade dos bispos.

Papa Bento XVI usando mitra.

Agradecimentos aos guias Faria (Guia Local Municipal oficial) e Marcelo (Guia MTur)

Rio Claro sempre foi um entrocamento de vários caminhos de tropa de muares e equinos, desde o século XVI. Dali saiam e chegavam as cargas do litoral, principalmente dos portos de Angra dos Reis e do Rio de Janeiro para o interior aurifero e também era passagem de contingentes de escravizados às dezenas, acorrentados e com grande sofreguidão para mercado humano em Minas , Vale do Parahyba fluminense e Mato Grosso.


2- A jornada montanhista

Iniciando no bairro Morro do Estado, percorre- se uma trilha em estrada vicinal de terra, em aclive permanente, com pouca ou quase nenhuma sinalização (só há uma placa, desgastada numa bifurcação inicial), passa-se duas porteiras, sendo a segunda com um conjunto paisagistico muito bonito, com pedras e uma grande árvore. Tudo descampado.

"Stonehenge caipira"


Após a porteira 

Porteira do "Stonehenge"


Dali se entra na floresta, onde tem várias pedras soltas e valetas naturais pluviais...

Ai sair da mata, já no cume desse morro inicial, se chega a uma área campal com cerca a direita e esquerda, sendo a entrada para o segundo morro a esquerda, num passa-boi (exatamente para começar a parte dorsal da Pedra do Bispo).


Fauna

Fim da floresta, com araucárias

Na parte da selva arborizada, dita Serra dos Coelhos, tem fauna terrestre e pássaros em boa quantidade, além da Pedra do Descanso, sendo uma laje grande de um matacão inflorescente granítico, quase plano, onde se dá um respiro na caminhada.

A parte dorsal da Pedra do Bispo, é toda em zigzag e ao sol pleno, com muita areia e sem apoio algum. Cuidado!

Ali se vê a Serra da Carioca, caminho antigo para o bairro Pouso Seco... também de nomenclatura antiga...


Já no topo, a visão é de 180°, pois de um lado é Rio Claro e o mar de morros e do outro, se avista o Pico do Frade, em Angra dos Reis-RJ. A frente, no vale,  na Cruz de cimento da Pedra, se vê o percurso do Rio Piraí.

Classificação: média a pesada, pois tem diversidade de pisos e para cada exige uma atenção e técnica de equilíbrio. Campos abertos, floresta ombrófila úmida, pedras soltas, alagadiços.

Uma vista linda  e ampla...e com muita história!









EXPEDIÇÃO TÉCNICA ITAVERÁ (PARTE 2) O CAMINHO HISTÓRICO DA INDEPENDÊNCIA, FOI EXTINTO.

 🆘URGENTE🆘

🆘Alerta Patrimônio 002/23🆘

Más notícias para o patrimônio histórico fluminense...

1- Intróito

Estive numa Expedição Técnica em mais uma etapa do nosso grande estudo inédito sobre os caminhos históricos da Costa Verde e região limítrofe (Santa Cruz,etc).

Simbologia: trabalho de fundição
 do casarão da Casa de Cultura de Rio Claro-RJ,
com a igreja que deu nome a Piedade
 e tudo emoldurando o Pico da Pedra do Bispo.


Desta vez foi em Rio Claro -RJ, antiga Itaverá, local de entroncamento de vários caminhos antigos e pousos , verdadeira encruzilhadas de ligação entre o litoral e o Vale do Parahyba...

Pintura de Pedro Américo, Florença (Itália), 1888.

 🇧🇷O Caminho da Independência, trecho da Estrada Real onde Dom Pedro I passou entre o dia  15 e o 16/08/1822, na viagem a SP, não existe mais, no percurso mais turístico e didático, próximo ao centro da cidade.

 Registros fotográficos de 06/08/23

Segundo moradores, entre 2020-22 a prefeitura ou fazendeiro passou patrol ou trator-esteira com pá para facilitar dezenas de jipeiros, enduro de motos, e sitiantes...arrancando parte do piso histórico bicentenário...e a lixiviação das intempéries fortes e dramáticas de abril/22 fizeram o resto.




2- Análise do caso:  efeito stent

O termo inglês "stent" é aplicado na medicina para um dispositivo de material sintético colocar cado na veia do paciente, para alargar as paredes coronárias obstruídas, para o fluxo sanguíneo melhorar.

No nosso caso, o corte artificial  por máquinas ( patrol ou trator-esteira) feito nos morros das margens naturais e originais do Caminho da Independência, que era de 4 m do centro da obra arquitetônica até seu limite do piso pavimentado, alargou o arruamento ,  criando uma verdadeira valeta pluvial (2) de alta velocidade, em trechos históricos que estivessem em declives.

Isso causou lixiviação severa do solo de base argilosa, com sequestro de peças rochosas lavradas históricas (3).

Importa ressaltar que a obra de engenharia imperial sobreviveu por 200 anos com poucas perdas, pois tinham várias artes tanto de função de escoamento quanto de resistência (1), inclusive , em outros Caminhos e Estradas históricos estudados por nossa equipe , funcionais até hoje, como galerias e pequenas calhas.


Nossa história e turismo, apagados.

3- Tipificação do piso histórico

Prejudicada a pesquisa in loco devido o desmoronamento, tivemos dificuldade em idênticar; porém, com ajuda de fotografias de 2014, conseguimos uma idéia arquitetônica de alguns perímetros, no que pudemos encaixar no modelo tipo moldura. No entanto, com nossa expertise em outros caminhos históricos, há possibilidades fortes de ter híbrido em outros trechos (moldura+ capistrana), como adaptação dos construtores ao relevo e pluviometria.


4- A metodologia: setorização em janelas

O método usual que aplicamos é a escolha de janelas de amostra, a cada metragem a nossa escolha e padronizada, normalmente 100 m x 100 m, em intervalos fixos.

A coordenada citada acima é meramente referencial:-22.716387,-44.139789.

5-Final
As ações antróficas contemporâneas sobre o monumento realmente foram desastrosas, pois em um curto espaço temporal de quase 10 anos (2014-2023), a desmontagem acidental ou intencionada foi quase total, na região estudada.
A pesquisa está em fase inicial, pois estaremos percorrendo um trecho completo em breve.

Carlos Eduardo
Prof.Lic.
Pres.IPHAR
Agosto/23






segunda-feira, 4 de setembro de 2023

NOTA DE URGÊNCIA: A FARSA DO NOTICIÁRIO SOBRE A VIOLÊNCIA EM PARATY-RJ

 As  pessoas, no Brasil e no mundo inteiro, amam Paraty! Fato!

Uma simples pesquisa na internet sobre intenção turística e influenciadores de vetor do trade ,  mostra que essa linda cidade e povo cultural é um dos três destinos obrigatórios para estrangeiros em visita ao país, perdendo somente para o Rio e Foz do Iguaçu, em 4° lugar, Angra ( lê-se Ilha Grande).

O recente crime cometido contra o baixista "Mingau" (Rinaldo Oliveira Amaral) do Ultraje a Rigor causou divulgação negativa na imprensa, assustando alguns espectadores incautos. 

Arquitetura única no planeta!

Festa do Divino Espírito Santo



Bairros da dita Costeira também
 sofrem esporadicamente,
 mas são de populaçãoordeira e são seguros.

Ora, na mesma semana , cidades próximas mas muito menos estruturadas urbanísticamente e com pouca notabilização , como Ubatuba e Caraguatatuba , tiveram vários episódios de violência, inclusive com tiroteios contra viaturas da polícia e assassinatos...





O bairro (nada de comunidade, pois é organizado) fica ao lado do Centro Histórico, etc, não é favela e ao contrário do que o próprio delegado que fez entrevistas nas TVs, autoconfessionado, pois disse que é "local conhecido por venda de drogas ilícitas",  não é todo violento ou caótico aos moldes cariocas ou paulistas. Não tem lixos espalhados, esgotos correndo por escadarias, nem pichações em massa, nem assaltos de duplas de moto, nem invasões de domicílio, etc .

Cultura!

Outrossim, a Costa Verde como um todo, é de fato a região mais segura do Estado do RJ e mais bem mantida, com praças floridas, ruas asfaltadas sem remendo, áreas rurais urbanizadas, serviço médico público e Educação medianos e satisfatórios, etc. Situações pontuais chamam a atenção e exatamente pela importância regional .

População caiçara: a maior riqueza paratiense!


Nós do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica de Angra dos Reis temos profunda vivência com a realidade local e com os caiçaras e neo-caiçaras e não aceitamos essa pecha sobre nosso povo; no entanto, observamos realmente a gradação  crescente da mancha criminal a despeito de um aparato policial e investigativo ainda do século XIX ...

Aparato deficiente e práticas
anti disciplinaresda força policial
são vícios de séculos...

Uma nota importante, totalmente contrária ao que a mídia está baforando: o hospital de Paraty tinha sim neurologista , ainda que viesse de Angra e a UTI móvel de terra e de helicóptero, foram públicas, do Corpo de Bombeiros, aeronave essa que tem base permanente em Paraty, demonstrando a infraestrutura técnica pujante da área, bem diferente dos municípios,  irmãos caiçaras precários (em vários sentidos) do lado paulista, como Caraguatatuba, São Sebastião, Ubatuba, Bertioga...veja a destruição que ainda perdura por lá após as chuvas de fevereiro de 2023, que não, não foi maior que a de abril de 2022 em Angra dos Reis-RJ (809mm) e cuja cidade parece que nada sofreu, pois se reergueu em poucos meses...

Inigualável no mundo!

Portanto,

venham a Paraty!

Venham a Angra dos Reis!

Venham a Mangaratiba!


A Costa Verde é e continua a região mais segura e o litoral fluminense mais culturalmente diverso e o mais conservado ecologicamente do RJ.