Neste fim de semana mergulhamos na cultura popular , nas artes, na arquitetura e até na gastronomia do Vale do Parahyba, especificamente na vetusta cidade de Bananal-SP e seu povo caipira acolhedor.
Foi a 1° FLIB-Feira Literária de Bananal.
📚 *A motivacão: amizade e sede de cultura*
Prestigiando o meu amigo, Luiz Alfredo, jovem criativo e entusiasta da cultura da região, além dos heróis das artes e literatura Vanderleia do Casarão Lilás , as escritoras Minuca (Maria Lúcia) e a Luciana (Sciota), além da Silvia do Casarão, a guia Luzinete, os foliões de Reis, a artesã Vera entre tantos novos amigos.
📚 *A chegada*
No sábado, fizemos check in na pousada e logo fomos visitar o espaço do Casarão Lilás💜, mantido pela Vanderleia e sendo um casado de 1897. Ali encontramos a amável Silvia, que nos recebeu e ligo fizemos amizade e ainda contou sobre sua ancestralidade de matriarcado de benzedeiras...
Ali , as paredes gritam História e causos!
A FLIP nasceu de um curso dado pela Secretaria Estadual de Cultura , sobre Patrimônio Cultural (Gestão do Patrimônio) , que firmou vários moradores , especialmente sobre as oralidades, personagens populares e cultura imaterial.
📚 *A Fazenda dos Coqueiros: do menino de ouro, só leilão de escravizados e dos mistérios quânticos.*
Fomos após o almoço, visitar a já conhecida e querida por nós, Fazenda dos Coqueiros. Fizemos o tour com a guia e revisitamos espaços afetivos (saudosa dona Beth) e históricos (senzala, pratarias, o poço da tortura , etc.
A Fazenda tem um acervo e coleção privada de milhares de peças arqueológicas e museus. Um verdadeiro tesouro acumulado por décadas, pelos proprietários.
O mais legal é que, mesmo após o falecimento da Sra. Beth Brum, o foco continua sendo contar a potência de resistir e continuar sendo humano, dos escravizados...diante da animalidade e do sofrimento pelos barões, que sempre foi o objetivo dela manter as visitas.Ali, fui cercado por uma excursão e expliquei sensações e registros fotográficos _curiosos_ que fiz há uns 6 anos, quando após verificar as fotografias, identifiquei não vultos ou imaginações, mas fisionomias explícitas de pessoas, em vários ambientes :sensala do porão e lavatório de café . Ali estão homens com fraqueza e cartola, escravas , crianças e rostos negros pesarosos...dona Beth sempre conversava comigo e inclusive identificara na época, uma escrava da fazenda. Ela estudava física quântica.
📚 *A volta a FLIB...e a noite cultural*
De volta ao centro, a abertura foi pelo amigo, intelectual e ativista Luiz Alfredo, um quase protetor da Igreja de Nossa Senhora do Rosário ( século XIX) nosobre as Irmandades Negras de Bananal eram em sobre os povos imigrantes, formadores daquele povo, como os chineses e italianos.
Uma esplendorosa e aí mesmo tempo enxuta apresentação , com até mesmo ambientação com incenso e até o 1° crucifixo da igreja matriz, do século XVIII.
Depois houve a apresentação dos trabalhos de outros grupos , como sobre nomes das ruas e artesãos diversos.
Um verdadeiro dossiê de resgate cultural e autoestima coletivo!!
📚 *Música e jantar*
Passear naquelas ruas antigas, em meio a prédios do século XIX (maioria) e XVIII é estar sentindo tropeiros chegando com centenas de animais aventureiros esperançosos, barões gananciosos e violentos, sinhás apaixonadas , escravizados fortes, etc.
Ainda no Casarão, o grupo Guapynguari apresentou músicas africanas, muito divertido!
Dali fomos ao Habeas Corpus jantar. um restaurante simpático , atrás da Igreja do Rosário. Com cardápio simples mas com bom tempero e rapidez ao servir.
📚 *No domingo, contação de estórias e muita conversa com artesãos da feirinha da praça e com tecelãs de crochê.*
De manhã foi a Cia. Terezinha na praça e rever amigos artesãos e comprar lembrancinhas típicas. Também visitamos e adquirimos verdadeiras obras de arte em tecido: os tradicionais crochês e outros aviamentos.
📚 *Estudos de arquitetura e despedida.*
Aproveitei e com a ajuda de Luiz Alfredo, pude visitar a Igreja Matriz de Bom Jesus , e subi no altar para ver as pinturas da talha do altar-mor e fazer os registros historiológicos e pictográficos para estudos posteriores . Incluindo aí possibilidades de um Vilaronga (pintor do séc. XIX) em Angra dos Reis.
📚O Belo visual e o belo no sorriso das pessoas.
Povo bom! É o resumo. Sempre sorrindo ou cumprimentando, ainda que carregando certo de ar de cansaço.
No comércio, na rua, nas calçadas, sempre com olhar voltado pra nós.O casario ainda bem representativo, é herança cultural fundamental que lembra um passado pujante , mas também de sofreguidão preta , mas é certeza de um futuro turístico e desenvolvimento econômico com raízes.
📚 *O encontro mágico*
O meu amigo Gil Fonseca sempre e há anos comenta sobre uma tia que viveria em Bananal ...
Hoje ocorreu algo mágico:hije vários moradores se uniram e começaram a verificar quem era a " tia Hercília"...
E não é que encontraram!?
Foi um momento emocionante .
A tia ainda nos convidou num futuro a visita-la e comer uma broa caipira.
E assim foi nossa visita a esses vizinhos da Serra...
📚E ainda teve visita a Estação do século XIX , que veio totalmente desmontada da Bélgica em lombo de burros montanha acima , após os portos e é de metal . Além da locomotiva recentemente repintada.




























































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AGRADEÇO PELA CONTRIBUIÇÃO!
AGORA VOCÊ É UM CAIÇARA!