terça-feira, 29 de novembro de 2016

A TECNOLOGIA MILENAR DOS CAIÇARAS

O balaio de timbópeva
Os cestos, peneiras de taquaruçu, os balaios, samburás, tipiti de timbó peva eram produtos artesanais do dia a dia caiçara assim como o ta
quaruçu e a timbópeva; a caxeta também fazia parte do cotidiano caiçara, na confecção de colher de pau, tamancos , gamelas, remos . As cordas era feita de embira retirada das embaúbas desfiadas, sovadas e curtidas com aroeira e trançadas. Com isso podemos dizer que o Caiçara tem uma identidade artesanal muito grande.
As cortiças das redes era de cacheta, os pesos das redes “ chumbo” era usado pedras ou mesmo argila queimada e feita as furações para se colocar como peso tanto no cerco como no tresmalhos.
Para a pesca do camarão usava a puçá um tipo de rede feito de cordão cru com malhas pequenas . Tinha-se um arco com pesos nas pontas era puxados no lagamar por uma corda de embira de aproximadamente 5 metros, com agua até o joelho .
Assim se pescava o camarão.
Pedro Caetano
Caiçara

A localização privilegiada do município de Paraty, inserido praticamente em sua totalidade em áreas de proteção ambiental, permite o acesso a todo o material natural necessário à realização de cestos e trançados.   

A Mata Atlântica fornece vários tipos de fibras utilizados nos trabalhos de cestaria, como:
  • Palmeiras de vários tipos como: juçara e guaricanga
  • Capim sapê
  • Taboas
  • Taquara, bambu e entrecascas de árvores
Desde tempos remotos, antes da chegada dos europeus, os indígenas já teciam cestarias com estas fibras retiradas da mata. 
As principais funções destes objetos eram a construção de moradias, uso na produção dos alimentos como o tipiti, que um cesto que retira o suco da mandioca, cestos para guardar e servir alimentos, transporte de diversas cargas, etc. 
Hoje várias comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras continuam tecendo e utilizando as cestarias da mesma forma tradicional. Mas, já foi também incorporado ao seus meio de subsistência, o trabalho artesanal voltado para o mercado turístico. 
Peças antes criadas para o uso pessoal, agora são feitas também para a venda, com objetivo decorativo, transformando-se em importante fonte de renda para muitas famílias. 
Em Paraty encontramos uma forte tradição de cestaria nas seguintes comunidades: 
  • Comunidade quilombola do Campinho da Independência
  • Comunidade indígena de Araponga
  • Comunidade caiçara da Praia do Sono
  • Comunidade caiçara do Curupira
  • Comunidade caiçara do Mamanguá
    Obs:
    FONTE DE CONSULTA: Livro Culturas de Fibra, da autora Patricia Solari

2 comentários:

  1. Estou preparando uma feira cultural sobre os caiçara para o dia 15 de novembro. Gostaria de conteúdos sobre o tema, são alunos de 3º ano fundamental.
    meu email é elitaartibale@gmail.com

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    1. Olá.Que bom que entrou em contato! Peço desculpas por ter visto somente hoje .Mas fique a vontade para adentrar em nosso conteúdo e aproveite.
      Nós diga o que precisa de específico da Cultura Caiçara...

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AGRADEÇO PELA CONTRIBUIÇÃO!
AGORA VOCÊ É UM CAIÇARA!