sábado, 29 de outubro de 2022

R.O.M.-Out.: Reunião Mensal Ordinária, reconstruindo memórias!

 A nossa ROM transcorreu de forma dinâmica e bastante frutuosa.

Aos vinte e oito dias do mês de outubro do corrente ano, na Praia da Ribeira, nosso grupo celebrou presencialmente mais um encontro diretivo.


1-Inicio

Inicialmente todos de pé para a Palavra do Presidente de incentivo e o regimental Toque do M'araka, que é rito de memória. Após, na seção de Notícias, relembramos os fatos marcantes ocorridos nesses quase 3 meses, tais como a descoberta fortuita de ossadas históricas no largo da Igreja Matriz, do centro de Angra e a descaracterização daquele sítio arqueológico feito por uma funcionária da Secretaria de Cultura. Lembramos a interdição pelo Bispo, da Irmandade de São Benedito, por questões financeiro -administrativas, a Reunião com a Setorial de Patrimônio Cultural Imaterial e Material do Conselho Municipal de Políticas Culturais, etc.


Reconstituição

Atual

2- Participações diversas e encaminhamentos

Já no item de pauta Relatórios, lemos de forma tranquila o Relatório da Expedição Técnica ao Sítio Arqueológico Porto-Bracuhy 1 e os Relatórios (comigo avaliação) da nossa participação na  FLIM e na Festa da Freguesia (ambas em Mambucaba), com pequenas inserções do Presidente e debate final.






Nas Votações e Parcerias, o grupo fez diversas aprovações de envio de ofícios, inclusive agora, referente a recobrar um posicionamento do Departamento de Patrimônio Cultural , da Prefeitura, no quanto ao assunto do desaparecimento em 2021 de imagens sacras do século XVIII do altar da Igreja do Carmo, que temos registros e fotografias e agendamento de idas ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual.

Após o Intervalo, com as conversas amenas e troca de afetividade, fomos ao Estudo.

Oratório moderno







Profundidade de peça


3-A Expedição Técnica e o Estudo de caso

No caso, apresentamos a reconstituição histórico-visual da arquitetura perdida das estruturas estudadas e cadastradas georreferenciadas e medidas localmente em visita feita em setembro/22, dentro do grande estudo que estamos desenvolvendo há anos,  chamado REB- Região Escravista do Bracuhy , para mapeamento do circuito da dita diáspora africana.

Exemplo de anúncio de leilão

No caso da região do Bracuhy e Ilha Comprida, o brigue Camargo, era um navio negreiro a serviço do tráfico praticado pelo fazendeiro Breves e outros ,  após a proibição via Leu Eusébio de Queiroz(1859) e que ao tentar desembarcar próximo do nosso local de estudo (menos de 2km dali), foi interceptado por uma patrulha do Império e o capitão, Gordon, norte americano, traficante, queimou e afundou o navio para evitar o flagrante...
O brigue era uma embarcação
 de média velocidade
e própria para a travessia ultramarino.


Fizemos as medições arquitetônicas, as coordenadas geográficas e tomada de fotos , para identificação da dinâmica antropológica.

De pronto, pelas provas materiais,

conseguimos identificar quatro fases de uso :

1- final do século XVIII e 1° metade do século XIX.

2- início do século XX

3- década de 70/80

4- Década de 90/2000.





Oratório moderno


Colunata

Diversas intervenções
de reforço estrutural
em vários momentos
cronológicos diferentes

Medições


4-Em breve, conclusão e publicação científica

O contexto dentro do jogo esparso de diversos sítios históricos inéditos já registrados por nós,  espalhados pelas localidades do Bracuhy, Itanema, Praia do Recife e Quitumbo está sendo interligado.

Terminamos com o Toque do M'araká, lembrança etnográfica de ancestralidade.

Um comentário:

  1. Muito importante essa reunião do IPHAR no tocante histórico das ruínas do Bracuhy que estão se interligando cada vez mais.

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AGRADEÇO PELA CONTRIBUIÇÃO!
AGORA VOCÊ É UM CAIÇARA!