sábado, 28 de dezembro de 2019

PATRIMÔNIO EDIFICADO, UM BOM EXEMPLO: RESTAURANTE TIO IVAN Angra dos Reis-RJ



Numa cidade com ataques diários, com obras ilegais, descaracterizações e alvarás da prefeitura criminosos contra imóveis protegidos por lei(tanto o federal Decreto-Lei 25/37 quanto o Decreto municipal 9.649/2015 e do estadual INEPAC), as iniciativas públicas ou privadas para manter alguns prédios antigos com sua fisionomia típica, são louváveis.

É o caso da Pensão Tio Ivan, um restaurante que há décadas serve alimentação aos angrenses e visitantes, e que reformou sua fachada, estando a mesma muito bonita.

Em meio a prédios horrorosos tipo  "caixotões", que desde a década de 50 vem tomando o lugar dos imponentes palacetes do século XIX, em nome do lucro fácil de invasores , principalmente turcos e libaneses, crimes esses ignorados e até facilitados pela Prefeitura...enfeiando a cidade, porém, a Pensão do Tio Ivan, merece elogio e mesmo sem qualquer incentivo de diminuição dos impostos ou abatimento em taxas públicas, resiste no meio daquela região urbana.

Carlos Eduardo da Silva
Prof. Lic. Hs.

Presidente do IPHAR

🔴Atualização:em 2023, uma rede de supermercados, deturpou a fachada, inclusive destruindo janelas e abrindo vãos para portas e coloca cando outdoor modernoso e chocante .

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

🖤NOTA DE PESAR: FALECE AURORA DOS REMÉDIOS

🖤NOTA DE PESAR

Nós, caiçaras angrenses, viemos nos solidarizar com o povo da praia do Sono, Paraty, pela passagem da Sra. Aurora dos Remédios, liderança natural , que trouxe dezenas de vidas ao mundo por ser parteira, por décadas,  além de pessoa de fé cristã e investidora do bairro, via pequeno comércio.



🥬🍵Acolhia todos que chegavam na praia com carinho como se fosse da família.
Com ela, parte milhares de experiências, curas, salvamento de mamães parturientes e conhecimento de ervas.


A equipe do IPHAR ( www.iphar.org) envia votos de gratidão a família e amigos.

Aplausos adona Aurora!
Vai, segue com sua canoa ao sol poente...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

LADEIRA DO SÉCULO XVIII/XIX DE SANTA LUZIA É REFORMADA

PREFEITURA PRESERVA TRECHO HISTÓRICO DE RUA A PEDIDO DE CIDADÃOS.

LADEIRA DO SÉCULO XVIII/XIX DE SANTA LUZIA É REFORMADA.

No dia 27 de setembro , o presidente do IPHAR, Carlos Eduardo , constatou severa lixiviação (retirada de material por chuvas) no piso colonial da ladeira, sítio histórico onde fica a bela Igreja de Santa Luzia, que funcionou  como igreja Matriz da Vila  desde 1632 até 1749.


Avisou o Secretário de Serviços Públicos, o proativo Felipe Larrosa. Após 14 dias , no seu trabalho offshore, o pres.Eduardo recobrou e mandou um croqui.


O serviço começou na segunda(21/10) e hoje , sexta(25/10) constatamos a importante reforma urgente.
Foi uma ação emergencial devido as fortes chuvas de verão que se aproximam .


O estilo construtivo usa técnica mesclada das técnicas Moldura e Pé de Moleque ou cabeça de Nego.



A ladeira, com pedras ovaladas tipo "de cachoeira", com uma faixa de pedras original, cunhada (pontuda) no meio, que impede o deslizamento. Era a arquitetura da época.

Nós, moradores , professores de História,  ativistas da região, estudantes, turismologos enfim, angrenses, agradecemos a pronta resposta!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

MUSEU DO MAR EM ANGRA É URGENTE

🏛️⚙️🌐
Rica em naufrágios, nossa cidade tem um potencial inexplorado turisticamente para este filão econômico.

Naufragaram muitos outros navios, além do nosso mais famoso Aquidabã, que repousa na Ponta Leste, próximo a Biscaia.



🏛️UMA HISTÓRIA DE PRECARIEDADE COM 100 PEÇAS ARQUEOLOGICAS EM ANGRA
O mergulhador Eduardo Galindo, por muitos anos, de boa fé mas sem o devido conhecimento jurídico, recuperou do fundo do mar da Baía da Ilha Grande, centenas de objetos arqueológicos, dentre os quais:
faianças,numismática, porcelanas,etc. 




Em 2008, no governo Jordão, foram emprestados a comodato para a Prefeitura, com a promessa de um Museu do Mar/do Naufrágio...mas não saiu do mero projeto. Estes mais de 100 itens históricos foram jogados e abandonados em caixas de papelão, na poeira e fezes de pombo, no Convento São Bernardo de Sena...eu descobri isso e em 2016, num diálogo com o então Diretor do Patrimônio Cultural , da então Fundação Municipal de Cultura (hoje Secretaria), consegui a limpeza e transferência para o Museu de Arte Sacra.


 Em 2019, em reunião do nosso Instituto, com a atual secretária de Cultura, Sra. Ponciano, fomos informados que tais preciosidades arqueologicas estão no mini museu do INEA, na Ilha Grande...mas ainda sem destino fixo; nosso projeto é um museu fixo e temático: Museu dos Naufrágios ou Museu do Mar.


🏛️BRASIL É RICO DESSES SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS
Antes e depois do Sacramento, na costa brasileira; seguramente centenas deles. O primeiro de que se tem notícia fazia parte da frota de Gonçalo Coelho e afundou próximo à ilha de Fernando de Noronha, em 1503. 





Muitos eram caravelas, naus e galeões em missão mercantil ou de combate, durante o período da ocupação do Nordeste brasileiro pela Companhia das Índias Ocidentais holandesa. Havia os que aqui arribaram, nos séculos XVI, XVII e XVIII, em busca de abrigo, reparação nos estaleiros ou provisões - alguns traziam cargas de produtos do Oriente. Outros afundaram com ouro, no século XVIII.


 Navios mercantes ou de guerra foram a pique nos séculos XIX e XX, entre os quais alguns torpedeados durante a Segunda Guerra Mundial por submarinos alemães e italianos. Entre estes, também, houve os que foram destruídos durante a guerra por ataques de navios de guerra de superfície ou mesmo aviões - como o U-199, que soçobrou no litoral do Rio de Janeiro, atingido por um avião PBY Catalina, da Força Aérea Brasileira.


Sítios subaquáticos de navios naufragados são verdadeiras cápsulas do tempo, de enorme importância para o conhecimento do passado. Os arqueólogos podem ter um contato direto com restos materiais que são testemunhos de uma época e cultura.

*Imagens de livre acesso na internet e algumas de objetos de nosso acervo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

PIADA: O CAIÇARA E O LIBANÊS NO RIO



 Totonho Rabhano grita para o Joãozinho Caiçara:
-Joãozinho, joga a corda pra eu atravessar pro outro lado do rio...!!"
Joãozinho,  humilde, mas sábio responde:
-"Vc já está do outro lado do rio, êh!!"

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

UM TEMPLO, UM TESOURO. -IGREJA DA CANDELÁRIA, RIO.


⚜️Os quadros da Nave Central

Rio, 30/11

Imersão cultural na igreja magnífica em arquitetura, fruto de uma promessa do século XVII, com mais de 60m de altura,  por uma graça alcançada. Local da viva Irmandade do Santíssimo Sacramento e do culto Divino, além de irradiar em algumas instituições,  ações caritativas.

 Nasceu humilde de sapê e taipa e virou hoje um local  referência de concertos, corais e cultura.

Há quadros na Nave central do templo, há dezenas de metros de altura.

Em 1889, o artista foi novamente contratado para realizar a pintura mural dos seis quadros históricos do teto da nave central. Eles estão ligados à história da Igreja desde 1630 até 1811, sendo: A
⚜️Partida; 

⚜️A tempestade;

⚜️ A chegada 

⚜️Voto cumprido

⚜️A sagração(benção da primeira pedra do atual templo, em 1775); 

⚜️ Inauguração da atual Igreja ou Trasladação das imagens em 1811).

Carlos Eduardo da Silva, 
Prof. Lic. 

MARAVILHOSOS LADRILHOS HIDRÁULICOS HISTÓRICOS DA IGREJA DA CANDELÁRIA, RIO.

💠🎛️💠🎛️💠

🔹 Período:
Provavelmente início do século XX.
🔹Material e técnica:
Pó de mármore, mineraisCada parte do molde de bronze é enchida com uma mistura líquida com pigmentação a base de óxido de ferro, pó de mármore e cimento branco, individualmente.
O molde de bronze depois é retirado e a superfície colorida é coberta com uma mistura seca e logo após uma úmida.

🔹Descritivo:
1- Piso central sob a Cúpula da Nave.
2- Peça cruciforme do recheio dos corredores laterais.
3- Detalhe do raio estilística da figura central da Nave, sob a Cúpula.
4- Peça individual com fitomorfos ,do recheio dos corredores da Nave.
5- Recheio dos corredores laterais.
6- iden ao item 3
7 e 8- Vértice da moldura dos corredores laterais.

Carlos Eduardo da Silva
Presidente do IPHAR
Prof. Lic.

TÉCNICA DE POLICROMIA E DOURAMENTO, NO ESTILO BARROCO DE MOVIMENTOS E EXPRESSÃO DE TÊXTEIS: EXEMPLOS EM ANGRA DOS REIS, BRASIL

👑📯👑📯
🔶 INTRODUÇÃO
A técnica artística de POLICROMIA em base de Adobe(barro ) e madeira, remonta a milênios, ainda nos tempos dos reinos , cidades-estado e zigurates, seja asiáticos, africanos e europeus pré-medievais.
Incorporando a metodologia para evangelizar os povos analfabetos e também impingir uma psicologia dos costumes litúrgicos, a Igreja Católica inspirou e patrocinou artesãos em seus domínios eclesiásticos.

🔶 PRODUÇÃO/ IMPORTAÇÃO REGIONAL
Temos dezenas de exemplos de peças museológicas em Angra dos Reis, desde o século XVI até o século XX.
A maioria,encomendas para conventos de Ordens religiosas e igrejas seculares, mas também, para Freguesias e capelas rurais, estas, das oligarquias do estrato social  crescente.


🔶 DESCRIÇÃO
A seguir, a descrição de 3 imagens sacras, atualmente na Igreja Matriz e no Museu de Arte Sacra.

⚜️1-Sant'Anna, Ilha Grande, século XVIII.
Douramento com arabescos.

⚜️2-Sant'Anna Mestra, Convento São Bernardino de Sena, Angra dos Reis, século XVIII.
Policromia com douramento.

⚜️3-Imaculada Concei(p)ção, Igreja Matriz , centro de Angra dos Reis.
Século XIX.
Dobraduras estilísticas com imitação têxtil, com douramento de arabescos sobre policromia.

Carlos Eduardo da Silva
Prof. Lic. Hs.
Presidente do IPHAR

sábado, 23 de novembro de 2019

ZOÓLITO: ARTEFATO DA CIVILIZAÇÃO SAMBAQUI

ZOÓLITO 

Descrição:

Artefato Sambaqui, que foram os povos pré  históricos litorâneos  do Brasil meridional.
A peça apresenta uma pequena depressão situada quase sempre,na região ventral dos animais representados, que se supõe ter sido destinada ao processamento de substâncias capazes de produzir estímulos sensoriais, utilizadas em cerimônias e ritos.



Em breve exposição  do IPHAR-INSTITUTODE PESQUISA HISTÓRICA E ARQUEOLÓGICA. 

Mas qual simbologia ele carrega?
Porque tanto trabalho manual?

domingo, 3 de novembro de 2019

🌴👒🚣CAUSOS DO MEU POVO ANCESTRAL: A CANOA REGINA


Meu avô, Benedito Ramos, caiçara purinho, de família do século XVIII, tinha uma tapera/rancho de canoa onde hoje são os 3 Reis Magos, na Praia do Anil, Centro de Angra, aos pés do Morro da Fortaleza.

Quando minha irmã nasceu, ele colocou o nome numa das canoa de Regina, nos anos 1970. O nome dela é Kátia Regina.



Ele é conhecido pelos antigos como "Seu Ramos" ou "Seu Ramos do Porto"(era guindasteiro).


Com o aterro da Praia feito pelo Poder Público, tanto federal (linha férrea), quanto pela Prefeitura em vários governos que modificaram área, e seu falecimento, com a família que não administrou... a tapera se perdeu .

Vó Zezé e Vô Ramos:
no dia do casamento💙


 Em 2017, eu reproduzi adicionando a Santa da Cavala, símbolo ANGRENSE.
Dentro do que chamamos de geografia cultural.




Memória afetiva!

🐚🔬🐚CONQUILIOLOGIA🐚🔬🐚:PARATY

 🌴🌊⛵👒🦈
 EXPEDIÇÃO CAJAÍBA
🌴🐅👒🦀🧺

Quando uma trilha é multidisciplinar(quando se tem multivisão)!

🐚🔬🐚CONQUILIOLOGIA🐚🔬🐚

A Conquiliologia é um ramo da Zoologia que se dedica à descrição e classificação dos Moluscos, baseado precisamente no estudo de sua parte dura (ou seja da concha); ou bem mais simplesmente, a Ciência ou parte da História Natural que trata ou estuda as conchas(o mesmo que Conchologia), terminologia esta pela sua vez intimamente ligada a Malacologia, nome dado ao ramo da Zoologia que se dedica ao estudo dos Moluscos (Phylum Mollusca), animais de corpo mole em geral providos de CONCHA.

🐚Nesse caso, estudamos os conceitos na Praia de Itaoca, na região da Ponta da Juatinga, em Paraty, Brasil.


 🔵E o IPHAR, o que tem com isso?

Além de nossa área de atuação específica, que é o patrimônio Cultural, seja material ou imaterial, onde podemos citar o ramo da Arqueologia, Paleontologia comparada, como as muralhas coloniais de massa composta de Caieiras/conceitos usados como argamassa junto com óleo de baleia e até excrementos animais... além dos estudos do Povo Sambaqui, também temos o ramo da Ecologia, Zoologia, Oceonagrafia e principalmente a Maricultura, que mexe diretamente com os pescadores, nosso foco na questão do povo caiçara.

Observação: A identificação dos espécimes é aproximada; foi via imagem que enviei a distância, a nossos assessores conquiliologistas e estudiosos. A interpretação pode variar.

Carlos Eduardo
Prof.Lic. e LS Antropologia Forense

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

🌐🌐🌐 R.O.M.-SET/OUT: REUNIÃO MENSAL ORDINÁRIA


Nossa Reunião conjunta Setembro/Outubro transcorreu produtiva e leve.

Iniciamos com a Palavra do Presidente de incentivo. Após, o regimental toque do M'araka.

 Fomos  às Notícias, onde ficamos a par dos informes sobre o patrimônio cultural regional e geral.
Tiramos sugestões e andamentos.


Agnes aproveitou e montou um dinossauro , o Stegossauro, entre 155 e 148 milhões de anos atrás, no oeste dos Estados Unidos e em Portugal.
Forte do Leme

Nos Departamentos tiramos metas para o DEACCQI e o DF(Dep. Financ.).
Fizemos um café reforçado no intervalo e após, contamos os causos caiçaras:"O caçador incrédulo"(na minha família por gerações), "O fantasma assombrado", lá da região da Biscaia e a "A sopa de pedra", do livro Histórias da Ilha Grande.
Todos estórias com gostinho típico e angrenses!

Após, nos Estudos, entramos numa outra época, de piratas, fortes militares e construções coloniais da linda Ponta Leste, em Angra.
Um conhecimento inédito!
Já no 2° Estudo, nos aprifundamos o livro do alemão que esteve por estas terras entre os Tupinambás, no século XVI e 
estudamos o objeto indígena histórico, chamado M'araka ou maracá, como conhecido hoje em dia.
Muito legal!

Uma tarde alegre, divertida e cheia de Cultura!

Grato a Angélica, Valnei, Agnes e Maria Célia.

Carlos Eduardo da Silva

Pres. IPHAR
Prof. Lic. His.
Antropologia Forense.