quinta-feira, 17 de agosto de 2017

PARATY: MANJAR DE CORES, FORMAS E SABORES!

Passeio em Paraty

Em 23 de julho fizemos um passeio no centro histórico  de Paraty para adquirir um artesanato específico  e relaxar num fim de semana.
Eu visito aquela cidade desde muito criança pois Angra é  vizinha. Mas o colorido e as artes populares junto com uma dinâmica  própria  da economia local, sempre presenteia o visitante: são  artesanato caiçaras , lojas que vendem multiculturas brasileiras, desde tribos e nações indígenas da  Amazônia até  os confins mais caprichados em manufaturas do Sul!
Visitamos o Forte Defensor Perpétuo , onde tem um pequeno museu dos saberes e fazeres mamelucos prazeroso e o ambiente visual do mar unido as pedras dos muros construídos no século XVIII  numa encosta é  inebriante , sendo que na pequena trilha do bairro Pontal até  lá , se visualiza pássaros , micos e caxinguelês.
o centro com suas ruas serpentinas e prédios  com simbologia maçônica  e  são  um charme.
A música  de artistas locais como Cirandeiros caiçaras , guaranis Mbya e músicos  modernos enche o ar de pluralidade sonora!
T












Comer uma moqueca de robalo, um cuscuz carioca nas carrocinhas ou uma caipirinha de cachaça  faz parte do encanto.
Assim, foi nossa imersão .
E no fim gostoso de tarde, ainda visitamos a exposição  de esculturas do Brennand (Recife, Pernambuco).
Para nossa pequena Agnes, ficam as memórias .


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O NOME DE MAMBUCABA, EM ANGRA

O NOME "MAMBUCABA"
Há muita polêmica sobre a origem do nome da localidade de Angra dos Reis, situada na fronteira com Paraty.
Konianbebe ou Cunhambebe, liderança 
 Citada desde 1556, no livro de Hans Staden, alemão  armeiro que esteve prisioneiro entre os Tupinambás  (Tamuya/Tamoios), essa região  foi muito desenvolvida a ponto de ter uma estrada pavimentada por escravos, que ligava o litoral ao Vale do Paraíba  e interiores. Estrada essa que é  um feito de engenharia moderno para a época, inclusive com drenagem. Teve sua origem em trilhas pré cabralinas.
Alguns estudiosos, atribuem seu nome a abelha sem ferrão, Mombuca (Geotrigona mombuca)...típica melífera brasileira, de personalidade mansa, pretinha. 
Mas não  é!
Moquem:canibalismo ritualistico?

Geograficamente, as mombuca não  vivem no Rio de Janeiro, embora tenha em São  Paulo e é  possível  que houvesse em Mambucaba mas por anomalia migratória. 

Clique aqui e conheça:

Esse erro provém  da interpretação literal da palavra. Na verdade, uma análise do tronco linguístico  Tupi, nos remete etimologicamente a prefixalidade morfológica da palavra "Mambukabe"(Staden): 

Mbucabelha  / qualquer espécie, generalização
Aba: homem; gente.

Os indígenas  viam a forma de linguajar gutural (fechada dos portugueses), os barulhos e vestimentas dos europeus como um enxame ruidoso, por isso os chamavam "homens -abelha".
Há  muitos anos eu pesquiso esses termos da semântica  indígena. É  indubitável.




Foz do Rio ,
onde provavelmente
 nas proximidades era a taba
dos Tamoios de Mambucaba.

Altar mor da Igreja
 de Nossa Senhora do Rosário ,
com a imagem do século  XVI !


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica de Angra dos Reis-IPHAR, promove Roda de Conversa e Workshop em Mambucaba

TURISMO EM MAMBUCABA

RODA DE CONVERSA:EVENTO DE SUCESSO!
Nós do IPHAR, agradecemos o convite e a honra de visitarmos o bairro da Vila Histórica de Mambucaba!
Com a eficiente ajuda do Prof. Cagerio e pessoas da região e também  da diretoria da escola municipal que possibilitou a reunião.
E principalmente o Alex e Alessandra, acadêmicos  da UFFRJ(Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), de Licenciatura em Turismo,  que anotaram tudo e


Eduardo, Presidente do IPHAR e Pepeu

Dezenas de moradores e visitantes compareceram e expuseram suas necessidades.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário 

Riqueza cênica  e história , num só  lugar.

Carlinhos Jordão  Vargas,
seus ancestrais já  eram comerciantes
 há  150 anos; na foto,
mostra a chave da antiga Cadeia,
 prédio  que hoje não  existe mais.

Ruínas  arqueológicas  do Casarão mais simbólico  da Vila.

Casario antigo

Sra. Sodré , ceramista e comerciante numa conversa agradável . 

Sr. Jordão 

Lápide  na Sacristia da Igreja.

    Universitários  Alex e Alessandra , da UFRRJ em pesquisa de campo.


Raridade, prédio ainda exibe caracteres artísticos  e data na fachada.
predispuseram a diagnosticar as demandas turísticas  locais.
Foram mais de 45 pessoas, entre administradores  de pousada, moradores, donos de restaurante e maioritariamente artesãs, que expressaram suas demandas, conflitos e esperanças. Após  um delicioso e sortido lanche, de bônus  encontramos o querido e um dos últimos caiçaras doceiros, Sr.  Joaquim Aarao, com uma sacola cheia de  do doce carmonia e pelo bairro, visitamos vários  comerciantes e sentimos sua simpatia. Um deles foi o alegre Pepeu, com seus lanches de nomes exóticos: "X-baleia", X-Angra 3", etc... O Carlinhos Jordão, na sua "venda", que tem desde banana até  o remo da canoa de voga que navegavam os antigos caiçaras e uma curiosidade:a antiga chave da cadeia pública!!
Visitamos a Feira de Artesanato (1 vez ao mês)e terminamos na Oca Tamoia e ouvimos a trajetória cultural e anseios da Sra Lucy Sodré, ceramista e comerciante  numa conversa agradável...
Aquela terra tem potencial!